Brasil | Organizaciones populares marcharon contra la amnistía para los militares en la previa del aniversario del golpe

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Brasileños marchan en defensa de democracia y justicia social

Movimientos sociales se movilizaron este sábado en más de 20 ciudades brasileñas en defensa de la democracia y la justicia social, y en rechazo a los intentos de golpe de Estado incitados por el expresidente Jair Bolsonaro.

En medio de una jornada de intensas lluvias en el sur y sureste brasileño, las organizaciones y movimientos sociales protagonizaron protestas bajo la convocatoria de los frentes Pueblo Sin Miedo y Brasil Popular.

Los manifestantes unieron fuerzas para demandar que no haya amnistía respecto a los crímenes contra líderes sociales, indígenas y afrodescendientes cometidos durante la administración del expresidente de ultraderecha Jair Bolsonaro, y en particular los intentos de golpe de Estado para impedir la juramentación del presidente Lula da Silva.

A partir de recientes revelaciones surgidas de las investigaciones de la Policía Federal sobre los actos golpistas del 8 de enero de 2023, los movimientos sociales exigieron la condena a prisión de Bolsonaro.

Otro reclamo generalizado fue que se avance en políticas de verdad y justicia a seis décadas del golpe de Estado contra el presidente Joao Goulart(1961-1964), perpetrado el 31 de marzo de 1964 por los sectores más conservadores de las Fuerzas Armadas.

Además, hubo acciones de solidaridad con el pueblo palestino, por un alto el fuego inmediato y duradero en la Franja de Gaza y por que Israel detenga su genocidio y rinda cuentas de sus crímenes de guerra contra los civiles palestinos allí y en Cisjordania ocupada.

Las organizaciones populares y movimientos se movilizaron bajo los lemas «Democracia siempre” y «sin amnistía al golpismo».

De acuerdo con reportes de prensa, más de 20 ciudades registran manifestaciones. En la mañana se registraron movilizaciones en en Maceió, Vitória, Campo Grande, Belém, Aracaju, Recife, São Luís, Fortaleza, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia y Lisboa, en Portugal. Otras ciudades fueron escenario de movilizaciones en la tarde, como ocurrió en São Paulo y Salvador.

Telesur


‘Por democracia e sem anistia’: atos no Brasil e no exterior cobram punição a golpistas e lembram 60 anos do golpe militar

Movimentos populares realizam, neste sábado (23), uma série de manifestações em todo Brasil contra a anistia aos golpistas envolvidos nos atos do 8 de janeiro, em Brasília.

Todas as regiões do país tiveram mobilizações convocadas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, sindicatos e partidos do campo progressista. Pela manhã, houve ações em Maceió (AL), Vitória (ES), Campo Grande (MS), Belém (PA), Aracaju (SE) Recife (PE), São Luís (MA), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Goiânia (GO) e Lisboa, em Portugal. Em outras capitais, como São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Salvador (BA), as manifestações ocorreram nesta tarde.

Os manifestantes saíram às ruas para cobrar punição aos envolvidos nos atos golpistas e afirmar que será um erro histórico do país perdoar os crimes contra o Estado praticados pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, os atos lembraram os 60 anos do golpe militar de 1964, com as palavras de ordem «Ditadura nunca mais» e denunciaram o genocídio contra o povo palestino praticado por Israel.

«Lutar por democracia é lutar por memória, verdade e justiça. Nós, dos movimentos populares, demarcamos essa compreensão histórica do nosso país, ainda que tenhamos limitações institucionais. Para rememorar os tristes dias de Ditadura Militar, nós estamos nas ruas», afirmou Elisa Maria, integrante do Movimento Brasil Popular, no Recife.

Na capital pernambucana, o ato se concentrou na praça do Derby e também contou com manifestações por pedido de paz na Palestina.

No Maranhão, os manifestantes se reuniram em uma plenária do Solar Maria Firmina, em São Luís, onde trataram sobre a defesa da democracia e as punições aos golpistas.

Em Goiânia, a mobilização aconteceu na sexta-feira (22), organizada pelo Fórum Goiano em defesa da Democracia, Direitos e da Soberania. A mobilização também foi por memória e justiça para as vítimas do regime militar e contra a viagem do governador do estado, Ronaldo Caiado, a Israel. Além disso, os manifestantes pautaram a luta contra as privatizações.

Em Porto Alegre (RS), movimentos populares realizaram ato no Largo Glênio Peres para reforçar a importância da defesa da democracia. A manifestação ocorre às vésperas dos 60 anos do golpe que deu início à ditadura militar no país, em 1964, e lembrou das 434 mortes confirmadas nas mãos do regime e milhares de casos de tortura. Participantes do protesto também repudiaram uma eventual anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Mesmo sob chuva, os movimentos populares saíram às ruas, neste sábado (23), em São Paulo, para dizer «Ditadura nunca mais» e pedir punição aos golpistas do 8 de janeiro de 2023. O ato reuniu cerca de cinco mil pessoas no Largo São Francisco.

Na manifestação em Salvador (BA), a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffman defendeu que golpistas de 8 de janeiro precisam ‘pagar por seus crimes’. «Nós temos o devido processo legal para que ele seja o berço das investigações. Isso que a gente quer. Independente de quem for. Se é militar, civil, se foi presidente da República, se é deputado, se é parlamentar», argumentou.

«Bolsonaro não pode ir para a rua querer a conciliação do Brasil quando ele atentou contra isso e contra a estabilidade das instituições brasileiras e de toda a política que tínhamos de construção do país», acrescentou a deputada.

No exterior

Na manhã deste sábado(23), também foram registradas atividades na Praça Luís de Camões, em Lisboa. A atividade foi organizada pelas seguintes organizações brasileiras: Núcleo do PT em Portugal, PCdoB, Comitê Popular de Mulheres em Portugal, Comitê Popular de Estudantes Brasileiros em Portugal, Comitê de Luta Portugal, Portuando – Associação de Apoio aos Brasileiros em Situação de Imigração e Coletivo Pau Brasil.

Também participaram do ato integrantes do movimento Argentina No Se Vende – Asamblea Portugal, que estão em luta contra as ações do governo de Javier Milei.

«Não vamos aceitar pedido de anistia»

Em entrevista ao Brasil de Fato, no último dia 12, João Paulo Rodrigues, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), afirmou que considera um absurdo conceder anistia aos golpistas do oito de janeiro.

«Nós, da esquerda brasileira, não vamos aceitar esse pedido de anistia. É um absurdo, porque os crimes que eles cometeram, quando estavam no governo, tanto quanto já estavam fora, foram gravíssimos, do ponto de vista jurídico e político. Por isso, a nossa luta, no Congresso Nacional e na imprensa, é para que não se aceite essa barbárie. Por isso, a nossa luta é «não» a anistia. Pelo contrário, que a justiça alcance eles», explicou.

Rud Rafael, da coordenação nacional da Frente Povo Sem Medo, também critica o fato de o ex-presidente Jair Bolsonaro tentar apelar para o perdão, diante dos prováveis crimes cometidos por ele e seu grupo político.

«É um absurdo que agora Bolsonaro queira aparecer de vítima, alguém que de alguma forma fez de tudo para criar um clima de guerra na sociedade brasileira, colocou em xeque o sistema político brasileiro. Seu discurso impulsionou várias ocupações na frente dos quarteis. O que aconteceu no 8 de janeiro é amplamente repudiado pela sociedade brasileira e isso não pode ficar impune».

Em fevereiro, durante ato na Avenida Paulista, Bolsonaro mudou o tom do discurso e adotou uma postura menos agressiva contra as instituições, ao contrário do que ele exibia durante o governo. No palco, pediu para «passar uma borracha» nos atos do passado e perdão aos envolvidos nas manifestações golpistas.

«Teria muito a falar, tem gente que sabe que eu falaria. O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar maneira de vivermos em paz, não continuarmos sobressaltados. É, por parte do parlamento brasileiro, uma anistia para os pobres coitados que estão presos em Brasília. Não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos», discursou o ex-presidente.

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