Brasil | Al menos 25 muertos en un operativo policial en favela de Río de Janeiro

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Al menos 25 muertos deja tiroteo en favela de Río de Janeiro: balacera afectó a pasajeros del Metro

Al menos 25 personas murieron, entre ellas un policía, y otras 5 quedaron heridas, dos de ellas cuando se movilizaban en el Metro, durante una operación policial este jueves contra una banda de narcotraficantes en la favela de Jacarezinho, en Río de Janeiro.

Pese a que la Policía Civil de Río de Janeiro no ha dado cifras oficiales y tan sólo confirma la muerte dpolice uno de sus agentes con un tiro en la cabeza, diferentes medios locales, citando oficiales que participan en la operación, indicaron que al menos 24 supuestos narcotraficantes murieron en el tiroteo.

Otros dos uniformados también resultaron heridos en el tiroteo.

Fuentes de la Policía Civil dijeron que el balance final de la operación sólo será divulgado cuando concluyan las acciones de sus agentes, que aún buscan pistoleros que huyeron hacia regiones de difícil acceso en la barriada.

La intensa confrontación armada se vivió desde tempranas horas en la zona norte de la ciudad, en la favela de Jacarezinho, una de las comunidades más deprimidas y violentas de la urbe, cuando cerca de 200 agentes policiales fueron enviados a la barriada para reprimir a una banda de narcotraficantes.

De acuerdo con las autoridades, la banda de narcotráfico que controla la zona viene reclutando menores de edad para realizar acciones criminales. La facción es investigada por asesinatos, robos y secuestros.

Habitantes de la favela señalaron que además de los tiroteos se oyeron explosiones en diferentes puntos de la comunidad, que los obligó a permanecer en sus casas.

Helicópteros apoyaron desde el aire las acciones de los uniformados y algunos delincuentes lograron huir por los tejados de las casas.

Hasta finales de la mañana se desconocía el estado de salud de los dos civiles que resultaron heridos en el Metro por una bala que atravesó la ventana de uno de los vagones.

Según testigos de los hechos, dos hombres fueron impactados con el mismo proyectil, uno de ellos en un brazo y otro en la cabeza.

La favela de Jacarezinho es una de las bases del Comando Vermelho (comando rojo), la mayor banda de narcotráfico en Río.

Los enfrentamientos entre bandas de narcotraficantes rivales, así como entre estas y milicianos (paramilitares) y policías, son habituales en varias de las favelas de Río de Janeiro, una de las ciudades más castigadas por el narcotráfico en Brasil.

24 Horas


Operação policial no Jacarezinho deixa pelo menos 25 mortos

Pelo menos 25 pessoas foram mortas na manhã de hoje (6) durante a Operação Exceptis, da Polícia Civil, na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro. Entre os mortos, um seria policial. A operação visava combater grupos armados de traficantes de drogas que estariam aliciando crianças para o crime.

De acordo com a Polícia Civil, a região do Jacarezinho é um dos quartéis-generais da facção Comando Vermelho na zona norte e abriga “uma quantidade relevante de armamentos” protegidos por barricadas e táticas de guerrilha adotadas pelo grupo criminoso.

A corporação vai divulgar o balanço da Operação Exceptis em coletiva de imprensa na tarde de hoje.

Durante o tiroteio pela manhã, dois passageiros do metrô foram feridos dentro de um trem da Linha 2, na altura da estação Triagem, na zona norte. Segundo o MetrôRio, o acidente ocorreu “após o vidro de uma das composições aparentemente ser atingido por projétil vindo da área externa”. Um passageiro foi atingido de raspão no braço e o outro por estilhaços de vidro. Ambos foram socorridos para hospitais municipais.

Agencia Brasil


Corpos no chão, invasão de casas e celulares confiscados: os relatos de moradores do Jacarezinho

Moradores do Jacarezinho relataram abusos e muitas mortes durante uma operação das polícias Civil e Militar na favela, na Zona Norte do Rio, na manhã desta quinta-feira (6). Além da invasão de casas, moradores afirmaram ter havido casos de celulares confiscados. A operação deixou 25 pessoas mortas e provocou um intenso tiroteio no início da manhã.

Pelas redes sociais, moradores relataram mais mortes que as computadas, além de corpos no chão, invasão de casas e celulares confiscados.

Por volta das 12h, um grupo de moradores fez um protesto em um dos acessos à comunidade e tentou fechar o trânsito em uma rua da região.

O policial civil André Farias foi baleado na cabeça e morreu, segundo a polícia. As outras 24 vítimas eram civis. A corporação afirmou ainda que eram suspeitos, mas não esclareceu quem são e a situação em que foram mortas.

Um morador do Jacarezinho afirma que, durante a perseguição de criminosos e policiais, duas pessoas foram mortas na casa onde ele vive com a avó.

Imagens do imóvel mostram o local sujo com o sangue das vítimas. Ele disse que presenciou a morte junto com a idosa.

«Respeito com os moradores, nunca tem. Isso é uma população, mas acho que eles pensam que estão no Iraque», disse o morador, que também afirmou ter a intenção de deixar a comunidade.

https://www.24horas.cl/incoming/mortal-tiroteo-en-favela-jacarezinho-en-rio-de-janeiro-4768768/ALTERNATES/BASE_FREE/Mortal%20tiroteo%20en%20favela%20Jacarezinho%20en%20R%C3%ADo%20de%20Janeiro.

«Estamos providenciando a venda [da casa] o mais rápido possível. Não dá mais para residir dentro de uma comunidade», afirmou.

Casa de morador que foi invadida por criminosos e policiais — Foto: Arquivo pessoal

OAB e Defensoria Pública acompanham

A situação de quinta-feira (6) no Jacarezinho terá acompanhamento da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) e também da ouvidoria da Defensoria Pública do Estado.

Integrantes do coletivo Mães de Manguinhos, formado por familiares de pessoas mortas pela polícia no RJ, descrevem “o horror” vivido na comunidade. Segundo essas mães, os corpos estavam espalhados pelas vielas da comunidade.

Ocorreram denúncias de que policiais “confiscaram” telefones celulares de moradores sob a alegação de que estavam mandando informações para traficantes.

“Estão pegando telefone e agredindo morador”, relatou outra pessoa que também não quis ser identificada, em entrevista ao RJ1.

Relatos nas redes sociais

Moradores e ativistas escreveram no Twitter que os relatos já indicavam, por volta das 11h30, mais de 20 mortes na comunidade. Uma moradora contou que um mototaxista foi baleado ao seu lado.

“Mototáxi tomou um tiro do meu lado, ali na 15 [rua da comunidade], e só tive um corte na orelha por causa do estilhaço, grande é a obra de Deus na minha vida”, postou uma moradora da comunidade.

“Ontem, estive no Jacarezinho para organizar a distribuição de legumes e verduras que faríamos hoje. Intenso tiroteio transformou o cenário em um inferno. Muitas famílias estavam preparadas para buscar a comida agora pela manhã. Estou próximo da comunidade e limitado”, disse Lucas Louback, coordenador de projetos do Rio de Paz.

Denúncias

A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) afirmou que foram tiradas fotos de um dos mortos na operação em uma posição humilhante. Segundo relatos, um homem negro teve um dedo colocado em sua boca.

“Recebemos a denúncia de que, depois da operação no Jacarezinho nesta manhã, um corpo de uma pessoa negra foi colocado numa cadeira com um dos dedos na boca para a população ver. Isso é BARBÁRIE! Não há palavras para descrever essa situação. Respeitem a favela e a decisão do STF!”

Desde junho do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu operações em favelas durante a pandemia. A decisão permite ações apenas em «hipóteses absolutamente excepcionais» e com o aval do Ministério Público.

Em nota, a Polícia Civil disse que fez uma operação contra o crime organizado e que comunicou o Ministério Público sobre a ação. O MP foi procurado pelo G1, mas ainda não respondeu até a última atualização desta reportagem.

Djeff Amadeus, um dos advogados responsáveis pela sustentação do ADPF 635 no Supremo Tribunal Federal, também fez a mesma denúncia.

Segundo o laboratório de dados de violência Fogo Cruzado, este é o maior registro de chacina (com três ou mais vítimas) desde 2016: 23 pessoas mortas, sendo 22 considerados suspeitos e um policial civil morto.

Segue o ranking dos maiores casos:

Jacarezinho – operação policial – 24 mortos civis + 1 policial civil morto + 5 feridos (2 policiais)
08/02/2019 – Fallet/Prazeres – operação policial – 13 mortos civis + 1 ferido civil
15/05/2020 – Complexo do Alemão – operação policial – 13 mortos civis
15/10/2020 – Vila Ibirapitanga (Itaguaí) – operação policial – 12 mortos civis (incluindo um ex-PM)

G1


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