Brasil: fractura en el PSL, partido de Jair Bolsonaro, desata una crisis interna

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Las rencillas, la corrupción y los hijos enredan al partido de Bolsonaro

El Partido Social Liberal (PSL), que lidera el presidente brasileño, Jair Bolsonaro, parece encaminado hacia una fractura por los apetitos de sus dirigentes, sospechas de corrupción y el protagonismo de los hijos del mandatario.

Aún cuando la crisis interna en esa pequeña formación que creció en la política brasileña bajo el ala del líder de la ultraderecha se insinuaba desde hace meses, hace diez días el propio Bolsonaro dio algún aviso de que la situación comenzaba a agravarse.

“Olviden a ese partido” que “está muy quemado”, dijo el propio Bolsonaro públicamente a algunos de sus seguidores, frente a los que también insinuó que debían dejar de lado al presidente del PSL, el diputado Luciano Bivar, pero sin aclarar los motivos.

En medio de la perplejidad de los dirigentes del PSL, esta semana aumentó la intensidad del embate con una operación de la Policía Federal, que depende del Ministerio de Justicia y que registró nueve residencias y oficinas vinculadas a Bivar por sospechas de fraude en las elecciones del año pasado.

Se trata de sospechas similares a las que salpican al titular de Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, el único miembro del PSL que queda en el Gobierno, que cuando comenzó en enero pasado solamente tenía a dos dirigentes de esa formación en el gabinete de 22 ministros.

El otro representante del partido que estuvo en el gabinete de Jair Bolsonaro fue Gustavo Bebianno, quien presidía el PSL en 2018, en plena campaña electoral, fue nombrado ministro de la Secretaría General de Gobierno y destituido tras sólo dos meses en el cargo.

Bebianno cayó por sospechas de que había promovido “candidatos fantasmas” en el proceso electoral, a fin de aumentar los recursos que el PSL recibía del llamado “fondo partidario”, constituido con dinero público y destinado a financiar campañas políticas.

Se trata de las mismas sospechas que pesan contra Bivar y contra el ministro de Turismo, aunque éste último ha sido ratificado en el cargo por Bolsonaro, quien al destituir a Bebianno garantizó que, como prometió en su campaña, será “intolerable” con la corrupción.

Además de esas sospechas, y a diferencia de Antonio, Bebianno y Bivar tienen en común el haberse implicado en unas duras y públicas polémicas con dos hijos del gobernante que están en el Parlamento y buscan ampliar su influencia en el PSL: el senador Flavio y el diputado Eduardo Bolsonaro.

El último capítulo de la novela de intrigas en el PSL ocurrió este jueves, cuando la jefa del grupo oficialista en el Parlamento, Joice Hasselmann, fue destituida sumariamente, al parecer por orden del propio mandatario y en medio de serias rencillas que la diputada mantenía con Eduardo Bolsonaro.

Hasselmann no escondió su indignación, insinuó que el presidente pretendía poner en su puesto a su hijo Eduardo y se dijo víctima de una “traición”, algo que, en su opinión, “es el ‘modus operandi’” del Gobierno del líder de la ultraderecha.

Sin embargo, Bolsonaro encargó la jefatura del grupo del Gobierno al senador Eduardo Gomes, en un cambio que la Presidencia explicó simplemente como una “prerrogativa” exclusiva del gobernante.

Fuentes del PSL consultadas por Efe dijeron que la situación es “seria” y alertaron de que puede conducir a fracturas, sobre todo de cara a las elecciones municipales que se celebrarán el año próximo, en las que el partido aspira a aumentar su influencia.

También señalaron que pudiera haber otras consecuencias, como un resquebrajamiento de la base parlamentaria de la que el Gobierno depende para concretar diversas reformas económicas, entre las que figura un polémico proyecto que endurece el acceso a la jubilación y pasa por los últimos trámites en el Parlamento.

Asimismo, la crisis en el PSL puede poner en jaque la intención de Bolsonaro de promover a su hijo Eduardo como embajador de Brasil en Estados Unidos, lo cual debe ser aprobado por el Senado, en el que hay cierta resistencia por el temor a que ese nombramiento suponga un caso de nepotismo, castigado por las leyes.

Según Bolsonaro, su hijo mantiene una estrecha relación con la familia del presidente estadounidense, Donald Trump, que serviría para “facilitar” el diálogo entre ambos países, aunque muchos, incluso en el PSL, ven en ese movimiento un intento del gobernante de dar una proyección mayor a la carrera política de su hijo.

El Nuevo Diario


Líder do PSL afirma que Bolsonaro atua para retirá-lo de comando do diretório do partido em Goiás

O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), afirmou nesta sexta-feira (18) que o presidente Jair Bolsonaro, o governador goiano, Ronaldo Caiado (DEM) e o líder do governo na Casa, Major Vitor Hugo (PSL-GO), atuam para derrubá-lo do comando do diretório do partido em Goiás.

O G1 entrou em contato com as assessorias do Palácio do Planalto, do governo de Goiás e do deputado Vitor Hugo. As respostas ainda não haviam chegado até a última atualização desta reportagem.

Delegado Waldir disse que a tentativa de retirá-lo do cargo acontece há três meses. O PSL vive uma crise interna, que se acentou na semana passada, após Bolsonaro fazer críticas ao partido e ao presidente da legenda, deputado Luciano Bivar (PE).

“Há três meses o senador Ronaldo Caiado, do qual estou adversário político, junto com o Major Vitor Hugo, tentam me tirar da presidência do PSL [em Goiás]”, afirmou. “Pediram ao presidente da República, e o presidente da República determinou ao presidente [do PSL] Luciano Bivar. Mas isso não foi concretizado”, afirmou o deputado.

Delegado Waldir disse ainda que se sente traído. Ele citou a tentativa do grupo do PSL ligado a Jair Bolsonaro de colocar o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, na liderança do partido na Câmara. No entanto, o grupo bolsonarista perdeu e Waldir permanece no posto.

Na quinta-feira (17), apareceram gravações nas quais Waldir afirmou que vai «implodir» Bolsonaro e chamou o presidente de «vagabundo». Nesta sexta, o líder do PSL na Câmara afirmou que não retira as declarações.

“Eu fui traído. O presidente pessoalmente está interferindo para me tirar da liderança. Isso não é traição? Se eu sou fiel a ele desde 2011, isso é mentira. Se ele, pessoalmente, junto com o líder do governo, Vitor Hugo, e o senador Ronaldo Caiado trabalham para me derrubar diretório de Goiás, e assim está fazendo com outros parlamentares do país todo, isso não é traição, isso não é vagabundagem? «, questionou o parlamentar.

«Então eu não retiro nada do que eu falei, eu simplesmente baixei o ritmo porque foi um debate interno, mas os fatos são verdadeiros. A minha indignação de traição ela permanece”, completou.

O deputado falou com a imprensa na chegada a uma reunião da Executiva do PSL, em Brasília. Segundo ele, um dos temas do encontro deve ser alterações no estatuto do partido. Ele não detalhou as mudanças que devem ocorrer.

Waldir declarou também que não é chamado ao Planalto para discutir pautas do governo com o presidente, como líder da sigla na Câmara. “Quantas vezes você acha, que como líder do PSL, eu fui chamado no Planalto para discutir as pautas do governo com o presidente da República? Nenhuma vez. Nenhuma vez. Nunca”, afirmou. “Eu não criei essa crise”, completou o deputado.

Ele afirmou ainda que as tentativas de interferência tornam difícil sua permanência no cargo.

“É muito difícil um líder como eu permanecer, considerando que o presidente usa o Palácio do Planalto pessoalmente, ligando para parlamentares, interferindo no parlamento. É extremamente difícil você competir quando ministros, pessoalmente, ligam para cada parlamentar e estão pedindo para assinar a lista que leva para a liderança o filho do presidente”.

Sobre o impacto da disputa na relação do governo com o Congresso, ele afirmou que, nas pautas onde houver “convergência”, seu grupo aliado vai votar a favor do governo. Mas que isso não vai acontecer em todas as pautas.

“Nossa pretensão é votar da mesma forma. Nós temos várias pautas em comum. As pautas que forem em comum, de defesa do Brasil, de combate à corrupção, geração de empregos, infraestrutura, reforma tributária, reforma administrativa, o que for pauta de interesse de toda a sociedade brasileira e pro avanço do brasil, com certeza nós estaremos juntos”. Ele completou: “Nós não entregamos 100%. Toda unanimidade é burra. Nós entregamos 98%. Sinal que em alguns momentos nós divergimos do governo”.

G1


Bebianno ataca filhos de Bolsonaro: Mimados que mamaram nas tetas do Estado

O ex-ministro Gustavo Bebianno atacou os integrantes mais jovens do clã Bolsonaro, nesta sexta-feira, afirmando que são eles (Flávio, Eduardo e Carlos) os responsáveis pela situação em que se encontra hoje o PSL e o governo. «Mimados e soberbos que mamaram nas tetas do Estado», afirmou Bebianno, que foi chefe da Secretaria-Geral da Presidência até fevereiro.

Convidado do programa Pânico, da rádio Jovem Pan, ele falou sobre a crise com a família Bolsonaro e os motivos de sua saída do partido.

«O único [filho] que era presente, que participou de parte de tudo isso [campanha política e viagens de Jair Bolsonaro] foi o Eduardo Bolsonaro. Participou de parte disso aí, talvez 30%. O Carlos nunca se prontificou a fazer nada, colocar a mão na massa. Nunca fez nada pelo pai. As pessoas que faziam e naturalmente angariavam o carinho do Jair, que é uma pessoa afetuosa, despertavam um ciúmes louco, enlouquecido no Carlos. Uma coisa patológica que ele precisa se cuidar porque eu tenho certeza que a pessoa que mais sofre é o próprio rapaz [Carlos]. E ele impõe um sofrimento terrível ao pai… Quando o Jair está sozinho ele é uma pessoa, quando o Carlos está presente ele é outra», disse Bebianno, que afirmou ter sido prejudicado por essa situação.

«O Carlos é covarde. Faz tudo pelas costas. Esse bombardeio, ele fazia de forma camuflada, usando outras pessoas. Ele não aguenta apanhar. Bate como um leão e apanha como um gatinho. Esse é um problema que me atingiu de maneira muito covarde e está atingindo o Brasil, os rumos do Brasil… Fui leal ao Jair e fiz tudo por amor», disse o ex-ministro.

«Foi uma traição covarde e pelas costas. O Carlos era considerado o puxador de votos para deputado federal no Rio de Janeiro. Mas ele amarelou e decidiu que não ia disputar. Sempre em cima do muro. Ficou com medo de ir para Brasília… Deveria estar lá no plenário defendendo o pai. Mas desistiu. Quando ele desistiu, o Flávio cometeu o erro de dar uma entrevista ao Jornal Extra e botou lá: ‘Bebianno será o novo puxador de votos no Rio de Janeiro’. Ele [Carlos] ficou enlouquecido. O Carlos não tem uma gota de valentia. O Eduardo também, viu… O Eduardo é soberbo. O sonho dourado do Eduardo é ser um grande líder mundial de direita. Coitado… Tem que comer muito feijão ainda», ironizou.

Antes da demissão de Bebianno, Carlos chegou a divulgar nas redes sociais áudios de uma conversa telefônica entre ele e seu pai para indicar que o ex-ministro tinha mentido sobre não ter falado com Bolsonaro na ocasião.

«Quem carrega todos os méritos ali é o presidente. Jair Bolsonaro sempre teve uma postura muito valente. Defendia as opiniões dele sem se preocupar com as piadas e opiniões alheias», afirmou.

Na opinião do ex-ministro, o presidente «se implodiu sozinho»por conta das relações com o Congresso, militares, dirigentes estrangeiros e imprensa: «O PT está morrendo de monotonia. O próprio presidente implodiu sozinho todas essas relações».

Sobre uma possível volta ao PSL, Bebianno respondeu que, «no mundo, tudo é possível», mas que não tem projeto algum de voltar ao partido. E apontou os filhos de Bolsonaro como fator determinante para o cenário conturbado que o PSL vive neste momento.

Itaipu como «cala boca»

Bebianno afirmou não ter mais nenhuma ligação com Bolsonaro e contou que, no final da relação com a cúpula do presidente, recebeu o que chamou de proposta «cala boca».

«Eles me ofereceram um negócio que qualquer um teria aceitado. Eles me ofereceram Itaipu para dar um ‘cala boca’. Isso foi em uma reunião na sala do presidente, a reunião derradeira, e nessa reunião estavam presentes o general Heleno, o Onyx [Lorenzoni], o general Mourão, o Jorge Oliveira, que hoje é ministro da Secretaria-Geral, e mais umas quatro, cinco pessoas», disse.

«Eu falei assim: ‘Presidente, o senhor acha que eu me meti nisso para ganhar dinheiro? Eu não preciso de Estado para ganhar dinheiro’. Eu nunca precisei.» De acordo com Bebianno, o salário seria de cerca de R$ 1,5 milhão por ano.

«Tomei aquilo como ofensa, agradeci e fui embora. Essa mudança de postura que causa tristeza. Para a família Bolsonaro, ninguém presta. E se você contesta alguma coisa, você é traidor…»

«Joice tem luz própria»

A crise entre a deputada federal Joice Hasselmann, ex-líder do governo no Congresso, e Eduardo Bolsonaro também foi abordada por Bebianno.

«Joice migrou para o PSL. Foi a deputada mulher mais bem votada da história. Teria sido eleita mesmo se não tivesse vinculado a imagem dela a do presidente», defendeu.

«Ela tem luz própria, ela é muito mais homem do que os três filhos juntos. Isso é inegável… Ela foi agredida demais!»

Bebianno foi demitido da Presidência em fevereiro, após uma crise desencadeada por uma postagem de Carlos Bolsonaro no Twitter. O vereador escreveu que o então ministro havia mentido ao dizer que não tinha conversado com Bolsonaro durante os dias em que surgiram denúncias sobre candidaturas laranjas no PSL. O perfil oficial do presidente reproduziu o post.

UOL


Suspensão de parlamentares da ala-bolsonarista agrava guerra no PSL

Nesta sexta-feira (18), parlamentares do PSL se reuniram para fazer mudanças no estatuto do partido e indicar novos membros para a secretaria executiva da sigla, além de discutir a crise na legenda. Correligionários da ala-pró Bolsonaro afirmam que a reunião não foi divulgada para os parlamentares contrários a Bivar. A informação é do Portal Congresso em Foco.

Ao fim da convenção, na porta do diretório nacional da legenda, o líder do PSL na Câmara, delegado Waldir (GO), afirmou que cinco deputados estavam suspensos das suas atividades parlamentares. Seriam eles: Carla Zambelli (SP), Filipe Barros (PR), Bibo Nunes (RS), Alê Silva (MG) e Carlos Jordy (RJ). «Eles têm o direito de resposta, mas a suspensão já começa imediatamente», disse o deputado goiano.

Zambelli, a alguns metros de Waldir, disse não ter sido informada sobre a suspensão. «Eles estão mentindo ou para vocês ou para mim», disse a jornalistas. Em seguida, foi questionar Waldir, que estava entrando em seu carro para ir embora do local.

«Você falou para a imprensa que eu fui suspensa, Waldir?», perguntou Zambelli.

«Não. Existe um pedido da sua suspensão», respondeu Waldir.

«Existe um pedido da suspensão, mas foi decidida minha suspensão?», questionou Zambelli.

«A decisão é do presidente Rodrigo Maia», afirmou Waldir, que, em seguida, fechou a porta do carro e foi embora.

Sem compreender, Zambelli afirmou: «alguém explica para mim?».

Após o diálogo, a deputada comentou a possível suspensão. «Agora na saída eu soube pela imprensa que ele disse para vocês que eu tô suspensa. Não existe suspensão. Suspensão do quê? Da atividade parlamentar?», disse.

Segundo ela, não se trata de uma suspensão, mas de uma cassação de mandato. «O que eles estão afirmando é que minha assinatura, meu voto não valeria mais, que está suspenso minha atividade parlamentar, ou seja, eles estão querendo me cassar, com a decisão monocrática do presidente Maia? não existe o que eles estão fazendo», disse.

Brasil 247


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