Brasil: revelan nuevos mensajes de Moro donde asegura que confía en el Ministro del Supremo Tribunal Federal Luiz Fux

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‘In Fux we trust’, diz Moro a Deltan em mensagem sobre ministro do STF

O procurador Deltan Dallagnol relatou em troca de mensagens detalhes de uma conversa em que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux declarou que a força-tarefa da Lava Jato poderia contar com ele «para o que precisar», segundo afirma o site The Intercept Brasil.

O trecho do diálogo foi lido pelo editor-executivo do site, Leandro Demori, em entrevista à rádio BandNews, nesta quarta-feira (12).

Segundo o editor do site, Deltan disse a um grupo de procuradores: «Caros, conversei com o Fux mais uma vez, hoje. Reservado, é claro: O Min Fux disse quase espontaneamente que Teori [Zavascki] fez queda de braço com Moro e viu que se queimou, e que o tom da resposta do Moro depois foi ótimo.»

E continuou: «Disse para contarmos com ele para o que precisarmos, mais uma vez. Só faltou, como bom carioca, chamar-me pra ir à casa dele rs. Mas os sinais foram ótimos. Falei da import’ncia de nos protegermos como instituições. Em especial no novo governo».

Ainda segundo o site, as declarações foram feitas em abril de 2016, após a aprovação na C’mara dos Deputados da abertura do impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Michel Temer assumiu interinamente a Presidência em maio daquele ano.

A seguir, de acordo com Demori, Deltan encaminhou o relato também para o então juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro. Moro leu a mensagem e disse: «Excelente. In Fux we trust» (‘em Fux nós confiamos’).

Não há determinação legal que proíba conversas entre procuradores de primeiro grau e ministros do STF. A Folha procurou as assessorias de Fux e do Supremo, que não se manifestaram até a publicação deste texto.

Em 2016, Moro foi repreendido em despacho de Teori, então relator da Lava Jato no STF, por conta do episódio da liberação de áudios de conversas de Dilma com o ex-presidente Lula. Moro à época respondeu que não quis causar conflitos e pediu «respeitosas escusas» pelos efeitos causados pela divulgação das escutas.

Teori havia retirado temporariamente da Justiça Federal no Paraná o comando de investigações sobre Lula. Meses depois, Moro reassumiu os casos.

O primeiro relator da Lava Jato no Supremo morreu em acidente aéreo em 2017.

Esse é o primeiro trecho de conversas entre autoridades da Lava Jato a ser divulgado desde o último domingo (9), quando o site The Intercept Brasil publicou um conjunto de mensagens que mostram colaboração entre Deltan e Moro em episódios da operação nos últimos anos.

O Ministério Público Federal informou que não vai vai se manifestar sobre o assunto.

Mais cedo, nesta quarta, a força-tarefa no Paraná divulgou uma nova nota sobre as mensagens vazadas. Disse que mais autoridades de outras esferas foram atacadas por hackers e que «a divulgação de supostos diálogos obtidos por meio absolutamente ilícito, agravada por esse contexto de sequestro de contas virtuais, torna impossível aferir se houve edições, alterações, acréscimos ou supressões no material alegadamente obtido».

«Além disso, diálogos inteiros podem ter sido forjados pelo hacker ao se passar por autoridades e seus interlocutores. Uma informação conseguida por um hackeamento traz consigo dúvidas inafastáveis quanto à sua autenticidade, o que inevitavelmente também dará vazão à divulgação de fake news.»

Folha


LAVA JATO DIZ AGORA QUE HACKER FABRICOU DIÁLOGOS COM PERFIS DE AUTORIDADES

Em nova nota sobre o escândalo do vazamento das conversas entre Moro e procuradores da Lava Jato, publicada na noite desta quarta-feira 12, o Ministério Público Federal reafirma a tese do ‘hacker’ que invadiu celulares e agora acrescenta uma nova hipótese: a de que o invasor estaria criando diálogos se fazendo pelas pessoas citadas.

«Mais uma vez, na noite da última terça-feira (11), um hacker passando-se por um integrante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), cuja identidade virtual havia sequestrado, entabulou conversas com outras autoridades e ainda em grupos de aplicativos de trocas de mensagens eletrônicas», diz trecho da nota. Segundo o MPF, «diálogos inteiros podem ter sido forjados pelo hacker ao se passar por autoridades e seus interlocutores».

Novos ataques confirmam a possibilidade de hacker fabricar diálogos usando perfis de autoridades
Recentes notícias evidenciam que o ataque cibernético objetiva forjar diálogos entre autoridades

Arte retangular, com fundo marrom e a expressão ‘Lava Jato’ em destaque, escrita com letras vazadas dentro de retângulo menor laranja
A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná vem a público informar que as investidas criminosas contra celulares de autoridades de diferentes instituições da República continuam a ocorrer com o claro objetivo de atacar a operação Lava Jato.

Mais uma vez, na noite da última terça-feira (11), um hacker passando-se por um integrante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), cuja identidade virtual havia sequestrado, entabulou conversas com outras autoridades e ainda em grupos de aplicativos de trocas de mensagens eletrônicas. Distorcendo fatos, o hacker enviou mensagens com o objetivo claro de desacreditar a imagem de integrantes da força-tarefa, estimulando ainda que seu interlocutor as compartilhasse com o viés de «queimar a imagem» dos integrantes do MPF.

A divulgação de supostos diálogos obtidos por meio absolutamente ilícito, agravada por esse contexto de sequestro de contas virtuais, torna impossível aferir se houve edições, alterações, acréscimos ou supressões no material alegadamente obtido. Além disso, diálogos inteiros podem ter sido forjados pelo hacker ao se passar por autoridades e seus interlocutores. Uma informação conseguida por um hackeamento traz consigo dúvidas inafastáveis quanto à sua autenticidade, o que inevitavelmente também dará vazão à divulgação de fake news.

Após a divulgação do primeiro comunicado da força-tarefa na noite do último domingo (9), também há notícia de ataques a jornalistas, a integrantes do Poder Executivo e do Poder Judiciário e a conselheiros do CNMP. Os relatos dos fatos foram incluídos nas investigações em curso, e a força-tarefa, em virtude da continuidade dos ataques, redobrou as cautelas de segurança.

O ataque em grande escala, em plena continuidade, envolvendo integrantes do Ministério Público, Poder Judiciário, Poder Executivo e imprensa, revela uma ação hostil, complexa e ordenada, típica de organização criminosa, agindo contra as instituições da República. É necessário não apenas identificar e responsabilizar o hacker, mas também os mandantes e aqueles que objetivam se beneficiar desses crimes a partir de uma ação orquestrada contra a operação Lava Jato.

Brasil 247


‘In Fux we trust’, diz supostamente Moro em novo trecho vazado

A Rádio Bandeirantes divulgou agora há pouco mais um suposto trecho das conversas pessoais de Sergio Moro e Deltan Dallagnol ilegalmente vazadas –parte delas foi publicada pelo site The Intercept, que forneceu uma transcrição à rádio.

Na passagem, datada de abril de 2016, o procurador fala no grupo do Telegram dos procuradores que havia conversado com o ministro do Supremo, Luiz Fux, sobre a repercussão do levantamento do sigilo da conversa telefônica entre Lula e Dilma Rousseff – na qual ambos combinavam a nomeação do ex-presidente para protegê-lo da Lava Jato.

Em seguida, ainda segundo o site, o procurador encaminha um print de suas mensagens ao então juiz Sergio Moro, que responde: “Excelente. In Fux we trust.”

Leia abaixo o trecho:

OAntagonista


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