En un multitudinario acto de apoyo, Lula pide a los jueces que voten «sin convicciones políticas»

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Contexto NODAL
Lula fue condenado por el juez Sergio Moro a nueve años y seis meses de prisión por corrupción pasiva y lavado de dinero en el marco de la causa Lava Jato. Se lo acusa de haber recibido un departamento en el balneario paulista de Guarujá en carácter de soborno por parte de la constructora OAS. Lula denuncia falta de pruebas y persecución política. Se estima que el tribunal se expida en segunda instancia el 24 de enero. El tribunal definirá este miércoles si ratifica o no la condena. En caso de ser condenado, podría imposibilitarse su candidatura presidencial.

El ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamó hoy a los camaristas que mañana revisarán una sentencia que le fue impuesta por corrupción que no voten de acuerdo a su pensamiento político y lo hagan apenas con fundamentos jurídicos sobre lo que está en el expediente.

«En primer lugar mis abogados ya probaron mi inocencia, en segundo creo que que aquellos van a emitir sus votos deben hacerlo conforme al expediente judicial y no a las convicciones políticas de cada uno, y tercero es que hace 40 años que estoy en la lucha política y todos conocen mi esencia», dijo el líder opositor.

Ante unas 70.000 personas según la prensa de Porto Alegre, Lula se acercó a la capital del estado de Rio Grande do Sul para pronunciar un discurso en el cual confirmó su intención de volver a ser presidente «para que el país vuelva a caminar con la frente alta».

El Tribunal Federal Regional 4 de Porto Alegre emitirá mañana sentencia sobre la apelación hecha por el ex presidente al fallo del juez Sérgio Moro, que lo condenó a nueve años y medio de prisión por corrupción, al considerar que recibió un departamento como soborno por parte de la empresa OAS.

«Pero no quiero hablar del proceso; lo que quiero es hablar de soberanía nacional, de integración latinoamericana, de la locura que quieren hacer con la reforma jubilatoria; no me preocupo por mí, me preocupo por el pueblo», dijo Lula, flanqueado por la ex presidenta Dilma Rousseff.

En caso de condena, Lula tendrá problemas para registrar su candidatura presidencial, siendo el favorito en todos los escenarios de las encuestas para la primera y segunda vuelta de octubre.

El ex presidente dijo que Brasil dejó de ser respetado en el mundo y que, «independientemente del resultado», continuará «luchando para que las personas tengan respeto».

Lula lanzó un desafío en la línea de sus asesores que indican que una condena confirmada por el tribunal de segunda instancia no le impedirá ser candidato.

«Sólo una cosa me hará parar lo que hago, el día que no pueda estar más aquí entre ustedes, el día en el que muera; mientras me queden 15 años o un día de vida, seguiré estando aquí», dijo.

También en Porto Alegre, unas 500 personas se manifestaron con los colores de la bandera de Brasil para pedir la prisión del ex presidente.

Las manifestaciones a favor y en contra se registraron en la avenida Paulista de San Pablo y en Brasilia.

En Bahía, estado gobernado por el Partido de los Trabajadores (PT) de Lula, ocho rutas fueron cortadas por sindicatos y movimientos sociales.

El Día


Em discurso político, Lula evita falar de processo: «Advogados comprovaram minha inocência»

Na véspera do julgamento de seu recurso no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre, no início da noite desta terça-feira (23). Com um discurso mais político e sem menções ao Judiciário, em pouco mais de 30 minutos, o petista concentrou sua fala nos feitos da gestão PT e no ataque aos seus adversários.

Ao som de «Lula, guerreiro do povo brasileiro», o ex-chefe do Executivo nacional pegou o microfone e iniciou sua oratória, cumprimentando os manifestantes presentes e seus aliados políticos. Em seguida, destacou que não estava em Porto Alegre para falar da sessão que pode definir seu futuro na corrida presidencial:

— Companheiros e companheiras, estou aqui no Rio Grande do Sul para conversar com vocês sobre um assunto que eu considero extremamente importante. Eu não vou falar do meu processo, não vou falar da Justiça. Primeiro, porque tenho advogados competentes que comprovaram minha inocência. Segundo, porque acredito que aqueles que vão votar (desembargadores) vão se ater aos autos do processo e não a convicções políticas. Terceiro, porque tenho vocês.

Em diversos momentos, o ex-presidente afirmou que o governo atual não trabalha para garantir os direitos das classes menos favorecidas.

— Sonhamos que poderíamos ter um país onde os trabalhadores que ganham salário mínimo teriam aumento maior que os outros.

Lula também atacou o que ele chama de «elite subalterna» que tomou conta do país:

— Não me confirmo com esse complexo de vira-latas que tomou conta do nosso país. Uma elite subalterna, que quer falar grosso com a Bolívia e igual a um gatinho com os Estados Unidos.

Ao lado de figuras como a deputada e pré-candidata à Presidência pelo PCdoB, Manuela d’Ávila, a ex-presidente Dilma Rousseff, os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Lindberg Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, o ex-presidente disse que durante os anos em que o partido esteve no Planalto, o Rio Grande do Sul recebeu diversos incentivos federais:

— Possivelmente, de 2003 a 2014, este Estado ganhou mais dinheiro do governo federal do que em 50 anos.

Lula também atacou seus opositores, destacando que eles sabem que as classes menos favorecidas no país reconhecem os benefícios gerados pelas políticas da gestão do PT no país:

— Não sei se é medo de Lula voltar em 2018. Se for medo, é bom. Porque eles não têm medo pelas coisas ruins que fizemos. Têm medo pelas coisas boas que fizemos. Eles sabem do orgulho de uma empregada doméstica ver sua filha estudando em uma universidade.

Na maior parte de sua fala, o ex-presidente destacou pontos do seu governo, que, segundo ele, se preocupou com os mais pobres e deu mais autoestima aos brasileiros, desenvolvendo políticas que ajudaram o país a crescer. Em certo momento, ele confessou que sua gestão errou:

— Erramos, erramos, mas erramos porque somos humanos, mas eles sabem que há muito tempo esse país não vivia harmonia, não vivia autoestima, não vivia a crença e a qualidade de vida que viveram no nosso governo.

Perto do fim de seu discurso, Lula disse que continuará «lutando para que as pessoas tenham respeito e dignidade» no Brasil.  O petista também destacou que vai realizar uma caravana pelo Estado, em fevereiro:

— Em fevereiro vou estar aqui. Vou começar uma caravana lá por São Borja.

Gauchazh

El acto completo en apoyo a Lula


 

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