Continúan las ocupaciones de haciendas por parte del MST en reclamo de una reforma agraria

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Movimiento Sin Tierra de Brasil ocupa hacienda de Eike Batista

El Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST) de Brasil ocupó este miércoles una hacienda de una de las empresas de quien estuvo entre los hombres más ricos de Brasil, Eike Batista.

«El MST ocupa otra área de Eike Batista devastada por la degradación ambiental generada por las actividades de MMX (empresa)», informó el movimiento a través de la red social Twitter, durante la segunda jornada de protestas de esa organización contra empresarios, aliados y ministros del Gobierno del presidente de facto Michel Temer.

Las ocupacones de diversas propiedades agropecuarias de políticos iniciaron este martes para exigir cambios en la política agraria del Gobierno de Temer. Al menos 15.000 miembros del movimiento social se instalaron en fincas pertenecientes al ministro de Agricultura, Blairo Maggi, en el estado de Mato Grosso, así como en tierras del presidente del Partido Progresista (PP, derecha), Ciro Nogueira, en el estado de Piauí, y en una hacienda de Temer ubicada entre las ciudades de Lucianópolis y Duartina, en la región centro-oeste del interior de São Paulo.

El movimiento social exige una reforma agraria que distribuya tierras y recursos a los trabajadores rurales y a las comunidades originarias, con eje en la agricultura familiar.

De acuerdo con el MST, la propiedad ocupada, en las afueras de la ciudad de Belo Horizonte (sureste), se encuentra abandonada después de haber sufrido «delitos ambientales» debido a la excesiva explotación minera.

«Eike, detenido, acusado de corrupción, responde a su proceso en arresto domiciliario, dentro de su mansión, mientras tanto los trabajadores brasileños continúan sufriendo con el desempleo, la falta de vivienda y el acceso a la tierra», destacó el MST en un comunicado.

En declaraciones al medio brasileño Brasil de Fato , Silvio Neto, coordinador estatal del MST, dijo que había tres motivaciones centrales del movimiento para ocupar estas tierras. En primer lugar, las consecuencias causadas por las actividades de la minera para la región.

Batista, quien era la tercera persona más rica de Brasil en 2012, con una fortuna estimada en 12.400 millones de dólares, fue detenido en enero de este año en el marco de la Operación Lava Jato, acusado de delitos de corrupción y blanqueo de dinero.

Telesur


MST ocupa terras de Eike Batista em Minas Gerais

Na somatória das ocupações realizadas em sua Jornada Nacional de Lutas, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou um complexo de fazendas pertencentes ao empresário Eike Batista, preso por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

A ocupação aconteceu na madrugada desta terça-feira (26), no complexo de fazendas com cerca de 700 hectares em São Joaquim das Bicas, região metropolitana da capital mineira Belo Horizonte. Cerca de 200 famílias sem-terra participaram da ação.

As terras fazem parte da MMX Mineração e Metálicos, empresa falida do empresário e encontravam-se abandonadas. Em nota, o MST apontou que a área sofreu constantes violações ambientais com a atividade mineradora frequente em seu solo.

Em conversa com o Brasil de Fato, Silvio Neto, da coordenação estadual do MST, contou que foram três as motivações centrais do movimento para ocupar essas terras. Em primeiro lugar, ele aponta as consequências causadas pelas atividades da mineradora para a região.

Neto argumenta que a região metropolitana de Belo Horizonte está sendo fortemente atingida por uma crise ambiental e econômica, agravada pela empresa de Eike. «No aspecto da crise ambiental, a atividade que a MMX do Eike Batista exerceu aqui na região comprometeu o abastecimento de água de toda a região metropolitana», disse.

O movimento também aponta a desigualdade refletida na situação, argumentando que, enquanto Eike Batista responde ao processo por corrupção em prisão domiciliar, milhares de famílias da região enfrentam a crise financeira acompanhada da falta de emprego, terras e moradia digna.

Por último, o MST coloca que também pretende pressionar o poder público e os órgãos ambientais responsáveis pela distribuição de terras por meio da reforma agrária e pela fiscalização das violações ambientais cometidas pelo empresário na área.

Desde o início de março, cerca de 600 família sem-terra ocupam a fazenda Santa Terezinha, no município de Itatiaiuçu, do mesmo empresário, também em Minas Gerais. O acampamento denominado «Maria da Conceição» continua com a ocupação até ontem.

Luta

Em sua jornada iniciada nesta terça-feira (25), que carrega o lema «Corruptos, devolvam nossas terras!», o MST também pretende denunciar a relação do agronegócio com o golpe parlamentar e midiático que retirou Dilma Rousseff da presidência do país.

O movimento reivindica a saída do presidente golpista, Michel Temer (PMDB), o fim da retirada de direitos sociais por meio das reformas impopulares impostas por Temer e sua base aliada e eleições diretas para a Presidência da República.

«Nós não vamos permitir que os golpistas e os corruptos continuem atacando os nossos direitos, tentando retirá-los. O MST, com essa jornada, mostra que vai haver resistência e vai haver luta no Brasil, e que essa é a disposição da nossa organização que reflete a disposição do povo brasileiro», completa o integrante do MST.

Brasil de Fato

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