Brasil: Temer dice que es una «ficción» la acusación del fiscal general Janot que lo denunció por corrupción

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Contexto Nodal
El diario O Globo reveló que, en una grabación, el presidente Michel Temer avaló la compra del silencio del ex jefe de la Cámara de Diputados, Eduardo Cunha, para ocultar la corrupción en Petrobras. Cunha está condenado a 15 años de prisión por su participación en el caso de la petrolera estatal. La oposición pide la renuncia del mandatario y que se convoque a elecciones directas.

Michel Temer dice que la denuncia en su contra por corrupción «es una ficción»

El presidente brasileño, Michel Temer, dijo hoy que la denuncia de que recibió un soborno «es una ficción» y una «infamia de naturaleza política».

La Fiscalía General lo acusó de haber cometido el delito de corrupción pasiva y lo convirtió en el primer presidente en ejercicio en ser denunciado ante la Corte Suprema, un proceso que podría costarle el cargo.

«No permitiré que me acusen de crímenes que jamás cometí»,proclamó Temer en una declaración pública en el palacio de Planalto, rodeado por numerosos asesores y diputados. «Crearon una trama de novela. Digo sin miedo de errar que la denuncia es una ficción», subrayó.

«No huiré de las batallas ni de las guerras que tenemos por delante. No me falta coraje para seguir en la reconstrucción del país y en la defensa de mi dignidad personal», añadió, en su primera declaración tras conocerse la denuncia. «Quieren parar al país, quieren parar al Congreso. Atacan a la presidencia de la República», insistió.

El mandatario conservador, de 77 años, cargó contra el procurador Rodrigo Janot, responsable de la acusación, y afirmó que estaba tranquilo porque la causa es frágil y busca perjudicar a su gobierno, que entre otras reformas impulsa una controvertida reestructuración del sistema de jubilaciones. «En el foco jurídico, mi preocupación es mínima», declaró.

Janot acusó a Temer de haber recibido un soborno de 500.000 reales (unos 150.000 dólares) de parte de la empresa JBS, la mayor procesadora de carne del mundo. La Policía, que seguía el caso, fotografió a Rodrigo Rocha Loures, ex diputado y estrecho asesor del presidente, recibiendo una maleta con el dinero y lo arrestó.

El fiscal afirma que ese dinero estaba destinado a Temer, pero el gobierno dice que la denuncia se basa en supuestos, para justificar un generoso acuerdo de colaboración que firmó con JBS para suavizar la condena de sus propios delitos a cambio de que ayude en las investigaciones. «¿Dónde están las pruebas concretas de la recepción de esos valores?», se preguntó el mandatario.

Temer, un político con una larga trayectoria de bajo perfil, llegó a la presidencia el año pasado luego de apoyar el proceso de impeachment que destituyó a su ex aliada, la izquierdista Dilma Rousseff.

En su breve período al frente del gobierno sufrió numerosas turbulencias por señalamientos de corrupción que incluso le hicieron perder a varios de sus ministros.

Clarín


Denúncia de corrupção é uma «ficção», diz Temer

Denunciado por corrupção passiva pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na noite de segunda-feira 26, o presidente Michel Temer partiu para o ataque contra o PGR nesta terça-feira 27.

Em pronunciamento ao lado de aliados, Temer disse que «sob o foco jurídico» tem «preocupação mínima» e afirmou que faltam «fundamentos jurídicos» na petição apresentada por Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF). «Não participei de acertos para cometer ilícitos. Onde estão as provas? Inexistem», afirmou Temer.

Segundo o presidente, Janot «reinventou» o Código Penal. «Incluíram uma nova categoria, a denúncia por ilação», afirmou Temer, acrescentando que a denúncia é um «trabalho trôpego», motivado por uma «infâmia de natureza política».

Ao atacar Janot, Temer citou o ex-procurador Marcelo Miller, que deixou o Ministério Público Federal para atuar como advogado do grupo J&F, cujo dono é Joesley Batista, autor da delação premiada que colocou Temer na berlinda. Ao falar sobre Miller, Temer insinuou que Janot recebeu propina da J&F.

«A ilação permitiria construir a seguinte hipótese: um assessor muito próximo ao procurador-geral da República, sr. Marcelo Miller, homem de sua mais estrita confiança, um dia deixa o emprego do sonho de milhares de jovens brasileiros, abandona o Ministério Público para trabalhar em empresa que faz delação premiada com o procurador-geral».

Miller, afirmou Temer, «ganhou milhões em poucos meses, o que levaria décadas para poupar.» «Garantiu ao seu novo patrão um acordo benevolente, uma delação que o tira das garras de justiça, que gera uma impunidade nunca antes vista», disse. «E tudo ratificado, tudo assegurado pelo procurador-geral. Pelas novas leis da ilação, poderíamos concluir que, talvez, os milhões não fossem unicamente para o assessor de confiança que deixou a PGR.

Na segunda-feira 26, a Procuradoria-Geral da República emitira nota afirmando que Miller não participou das negociações do acordo de delação premiada dos executivos do grupo J&F.

Denúncia

Na noite da segunda-feira 26 o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a aguardada denúncia contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), por corrupção passiva. Na base da acusação estão as delações premiadas de Joesley Batista, dono da JBS, e Ricardo Saud, ex-diretor de Relações Institucionais da companhia.

A denúncia contra Temer só poderá ser aceita pelo STF com o aval da Câmara. Após ser encaminhada para a Casa, a ação passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, depois, pelo plenário. Para avançar, precisa ser aprovada por dois terços da Câmara. Isso significa que Temer precisará dos votos de 172 dos 513 deputados para se livrar da denúncia. Caso ocorra a aprovação, a ação volta para o STF, que decide se aceita ou não a denúncia. Se aceitar, Temer será obrigado a se afastar do cargo por 180 dias.

Carta Capital


Janot denuncia Michel Temer por corrupção

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou nesta segunda-feira 26, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a aguardada denúncia contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), por corrupção passiva. Na base da acusação estão as delações premiadas de Joesley Batista, dono da JBS, e Ricardo Saud, ex-diretor de Relações Institucionais da companhia.

A denúncia contra Temer só poderá ser aceita pelo STF com o aval da Câmara. Após ser encaminhada para a Casa, a ação passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, depois, pelo plenário. Para avançar, precisa ser aprovada por dois terços da Câmara. Isso significa que Temer precisará dos votos de 172 dos 513 deputados para se livrar da denúncia. Caso ocorra a aprovação, a ação volta para o STF, que decide se aceita ou não a denúncia. Se aceitar, Temer será obrigado a se afastar do cargo por 180 dias.

Temer caiu nas garras da Procuradoria-Geral da República graças a Joesley Batista, que realizou o primeiro acordo de delação premiada desde o início da Operação Lava Jato que tratava de um crime em curso.

Joesley gravou uma conversa que teve com Temer em 7 de março no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência. O áudio foi alvo de uma guerra de peritos na grande imprensa, mas a Polícia Federal concluiu que não houve adulteração do conteúdo.

Rocha Loures e a mala de 500 mil reais

Na conversa com Temer, Joesley pergunta ao presidente quem deveria ser o novo interlocutor entre os dois, uma vez que o antigo, o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB), havia deixado o cargo em meio a um escândalo de corrupção. Temer indica «Rodrigo», que seria de sua «mais estrita confiança».

«Rodrigo» é Rodrigo Rocha Loures, suplente de deputado federal pelo PMDB-PR, que foi filmado pela Polícia Federal correndo por uma rua de São Paulo com uma mala de 500 mil reais. Rocha Loures, apontado por Janot como longa manus (executor de tarefas) de Temer, foi preso em 3 de junho.

Em sua delação, Joesley Batista conta que se reuniu com Rocha Loures em 16 de março e pediu a ele que intercedesse junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para «afastar o monopólio da Petrobras do fornecimento de gás para termelétrica do Grupo J&F [a holding da JBS]». Loures teria, então, ligado para o presidente interino do Cade na frente de Joesley e pedido a intervenção.

Na sequência, afirmou Joesley aos investigadores, ele «expôs o lucro que esperava obter com o negócio sob apreciação do Cade e prometeu, caso a liminar fosse concedida, ‘abrir planilha’, creditando em favor de Temer 5% desse lucro». De acordo com Joesley, «Rodrigo aceitou».

Esses 5% equivaleriam a 480 milhões de reais, que seriam repassados a Temer em remessas semanais de 500 mil reais, ao longo de 20 anos. A mala flagrada com Rocha Loures seria a primeira dessas parcelas.

Ao pedir pela segunda vez a prisão de Loures, Janot afirmou que o suplente de deputado «aceitou e recebeu com naturalidade, em nome de Michel Temer, a oferta de propina (5% sobre o benefício econômico a ser auferido) feita pelo empresário Joesley Batista, em troca de interceder a favor do Grupo J&F, mais especificamente em favor da EPE Cuiabá, em processo administrativo que tramita no Cade».

Obstrução de Justiça

Temer poderá ser denunciado também por obstrução de justiça. Em um dos trechos do diálogo, Joesley Batista fala com Temer sobre a «relação» com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, deputado cassado. Neste momento o empresário revela que está «de bem com o Eduardo» e o presidente, então, pede: «Tem que manter isso aí, viu?».

De acordo com Joesley, neste momento Temer estava dando seu aval para a compra de silêncio de Cunha e também de Lucio Funaro, doleiro que era operador do deputado.

Em sua delação, Joesley Batista afirmou que antes de tratar diretamente com Temer sobre o silêncio de Cunha discutia o assunto com Geddel Vieira Lima. Em entrevista concedida à revista Época neste mês, Joesley reafirmou. «Toda hora», disse o empresário, «o mensageiro do presidente» o procurava «para garantir» que «estava mantendo esse sistema».

Questionado sobre quem era o mensageiro, Joesley menciona Geddel. «De 15 em 15 dias era uma agonia terrível. Sempre querendo saber se estava tudo certo, se ia ter delação, se eu estava cuidando dos dois. O presidente estava preocupado. Quem estava incumbido de manter Eduardo e Lúcio calmos era eu», afirmou.

Carta Capital


Denuncia completa del procurador general contra Michel Temer


Movimentos sociais programam paralisações e atos para o 30 de junho

Além das paralisações contra as reformas trabalhista e da Previdência, convocadas pelas centrais sindicais, o dia 30 de junho terá uma série de atividades de rua em todo o país. Em São Paulo, manifestação organizada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo será realizada no vão livre do Museu de Artes de São Paulo (Masp), às 16h desta sexta-feira.

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, criticou o fato de algumas centrais terem recuado da ideia de promover uma nova greve geral e apostar em possibilidade de negociação com o governo. Em vídeo na página da entidade no Facebook, Boulos afirma que os movimentos sociais apostarão em uma “saída popular da crise política”, e não retrocederão “nenhum um passo” em relação as paralisações do dia 30.

“Se algumas centrais resolveram recuar, acreditando na história de uma medida provisória do Temer que minimize o problema (da reforma trabalhista), nós não vamos retroceder um passo”, diz Boulos, também coordenador da Frente Povo sem Medo. “Vai haver greve, paralisações de rodovias e avenidas, e manifestações em várias cidades. Vamos parar o Brasil.”

Um dos coordenadores da Frente Brasil Popular, o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, ratifica a decisão de reforçar as atividades da sexta. “Sabemos que se as reformas dos golpistas avançarem, a sociedade brasileira, os que ainda irão se aposentar, os mais jovens que nem entraram no mercado de trabalho, sofrerão com os retrocessos deste nosso momento”, afirma.

Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, “pressão e vigília” são fundamentais. “Esse trabalho, aliado à mobilização das ruas e aos protestos em Brasília serão decisivos na luta contra essa reforma trabalhista que só retira direitos”, observa o dirigente, lembrando a série de manifestações que vêm sendo realizadas como responsáveis por fragilizar a base do governo no Congresso – como os atos de 8 e 15 de março, da greve geral de 28 de abril e do Ocupe Brasília, em 24 de maio – eventos que envolveram centrais e movimentos sociais.

Em Belo Horizonte, a concentração será na Praça da Estação, na avenida dos Andradas, a partir das 9h. «Enquanto os golpistas não caírem e todas as reformas anti-sociais já aprovadas por ele não forem revogadas, #NãoSairemosdasRuas», diz o texto do evento no Facebook.

Também pela manhã, às 9h, a Praça da Bandeira será o local de concentração de manifestantes em Fortaleza. No mesmo horário, Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, tem ato marcado para a Esplanada Pedro II.

Na cidade de Goiânia, a concentração será na Praça Cívica, às 8h, horário em que Porto Velho também terá atividade, programada para a Praça Três Caixas D’Água. «Somente grande mobilização com greve geral, marcada para o dia 30 de junho, mostrará a insatisfação do povo brasileiro com as reformas e não deixará que esse ponto final dos direitos trabalhistas, da previdência seja dado», diz o texto convocatório do ato.

Mossoró, no Rio Grande do Norte, tem concentração marcada em frente à Igreja do Alto de São Manoel, às 15h da sexta. Na programação está incluída a realização do «Arraiá da Resistência», com apresentação de artistas locais. Antes, nesta terça (27), a Frente Brasil Popular fará na cidade um «esquenta» para a greve geral, com uma plenária, às 9h, em frente à sede do Sindicato dos Comerciários.

Rede Brasil Atual

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