Brasil: líder del partido de Temer le sugiere que renuncie y mañana habrá otra gran protesta contra el presidente

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Contexto Nodal
El diario O Globo reveló que, en una grabación, el presidente Michel Temer avaló la compra del silencio del ex jefe de la Cámara de Diputados, Eduardo Cunha, para ocultar la corrupción en Petrobras. Cunha está condenado a 15 años de prisión por su participación en el caso de la petrolera estatal. La oposición pide la renuncia del mandatario y que se convoque a elecciones.

EM VÍDEO, RENAN PEDE RENÚNCIA NEGOCIADA DE TEMER

Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Renan Calheiros, líder do PMDB no Senado, pede, de maneira cifrada, a renúncia negociada de Michel Temer.

Procurado, Renan confirmou que o teor da mensagem era no sentido de que Temer compreenda a gravidade do momento e facilite a própria sucessão, uma vez que o processo de impeachment é algo traumático para o país, como já se demonstrou em sua opinião no processo que levou à destituição de Dilma Rousseff.

As informações são de reportagem de Fabio Murakawa no Valor.

No vídeo, de 34 segundos, Renan sugere também a instalação de uma assembleia constituinte em 2018.

Confira íntegra da fala de Renan:

“A OAB se equivoca ao propor o impeachment. O impeachment, como vocês sabem, não traz consigo uma solução para a crise. Pior, pode agravá-la. Falo isso com a responsabilidade de quem conduziu o processo anterior. Nós precisamos construir uma saída na Constituição que garanta eleições gerais em 2018 e Assembleia Nacional Constituinte. Fora disso, é o imponderável. Eu tenho absoluta convicção de que o presidente da República compreenderá o seu papel e ajudará na construção de uma saída.”

Brasil 247


Centrais sindicais convocam ato em Brasília nesta quarta

Em meio à crise política deflagrada pelas delações da JBS, centrais sindicais e movimentos sociais convocaram para esta quarta-feira, 24, uma marcha em Brasília contra as reformas estruturais propostas pelo governo federal.

O protesto, que já estava agendado, deverá ter ainda como pauta a renúncia do presidente Michel Temer. A expectativa dos organizadores é de reunir cerca de 100 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios.

Segundo líderes de centrais sindicais, o objetivo do movimento, intitulado “Ocupa Brasília”, é manter na ordem do dia as discussões sobre as reformas trabalhista e da Previdência.

Apesar de vários parlamentares já terem afirmado “não haver clima” para o avanço das propostas diante das denúncias contra Temer, os sindicalistas temem que as reformas continuem tramitando no Congresso em paralelo à crise de governabilidade.

A reforma da Previdência deverá permanecer suspensa pelos próximos dias na Câmara, que se ocupará dos processos de impeachment protocolados contra o presidente. Já a reforma trabalhista deverá manter o seu cronograma.

O relator da proposta na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), voltou atrás e comunicou que apresentará o parecer sobre a proposta na terça-feira, 23, conforme previsto inicialmente.

Na última semana, após a divulgação das delações da JBS, Ferraço chegou a anunciar a suspensão do calendário de análise da proposta.

“Não podemos baixar a guarda. O movimento conservador que afirma que as reformas são a solução é maior que a questão do ‘Fica Temer’ ou do ‘Fora Temer’”, afirmou o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas.

A organização defende a realização de eleições diretas gerais como saída para o atual momento político. “Não queremos alguém para cumprir um mandato tampão, mas um novo presidente e um novo Congresso”, completou Freitas.

A ideia, no entanto, é um ponto de divergência entre as centrais. Organizações como a Força Sindical e a União Geral dos Trabalhadores (UGT), que participaram de atos de apoio ao impeachment de Dilma Rousseff (PT), pregam cautela e “saída constitucional”.

“Temos uma constituição que tem regras que nos colocam em momentos como esse. Nosso País não pode viver de golpe e contragolpe”, comentou o secretário geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

Greve geral

Apesar do protesto marcado para esta quarta, 24, levar o nome de “Ocupa Brasília”, os organizadores esclarecem que as manifestações devem durar apenas um dia.

As lideranças sindicais não descartam, contudo, a deliberação, nas próximas semanas, de uma paralisação geral semelhante à ocorrida no último 28 de abril, avaliada como “um sucesso”.

Segundo o presidente da UGT, Ricardo Patah, a deflagração ou não de uma greve geral dependerá do avanço das reformas, e não da permanência do presidente Michel Temer no poder.

“(A greve) Não é um ato que nos orgulha porque trouxe prejuízo, mas é valorizado como um momento de indignação e de mostrar pro Brasil que o povo tem condição de debater essas reformas”, destacou.

Exame


Base mantém apoio enquanto aguarda resultado oficial da perícia em gravação de Joesley e Temer

O resultado da perícia da Polícia Federal (PF) na gravação da conversa entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista tornou-se o novo marco para que PSDB e DEM avaliem eventual saída do governo. Enquanto aguardam a conclusão do pente-fino no áudio, caciques das legendas mantêm o compromisso de votar projetos do interesse do Planalto, com foco em medidas provisórias e reformas.

Diante do acordo do Planalto com PSDB e DEM para evitar a paralisia do Congresso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou o início da discussão da reforma da Previdência em plenário no próximo dia 5 de junho — um dia antes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomar o julgamento da cassação da chapa Dilma-Temer. Já o relatório da reforma trabalhista será apresentado ontem na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado pelo tucano Ricardo Ferraço (ES).

— Não devemos deixar o país degringolar em razão da crise do governo, que estamos avaliando separadamente — advoga o presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati (CE).

Repercutiu bem nas cúpulas tucana e democrata a posição da presidente do Supremo, Cármen Lúcia, de só levar a julgamento o pedido de suspensão do inquérito contra Temer depois da conclusão da perícia no áudio. Líderes consideram que o despacho deu preciosas semanas de fôlego ao presidente, apesar de mantê-lo na condição de investigado.

— Cármen Lúcia subordina a decisão da Corte ao esclarecimento do fato sobre a gravação, algo razoável. Vamos aguardar o Supremo antes de adotar qualquer medida — disse o senador José Agripino Maia (RN), presidente nacional do DEM.

Em contato diário com Temer, Agripino e Tasso garantiram que tentarão conter a pressão interna pró-desembarque, movimento capaz de provocar a debandada de outros partidos da base. Deputados e senadores não escondem nos bastidores o incômodo pelo desgaste de imagem em razão do apoio a um presidente impopular e envolvido na delação da JBS.

A situação mais delicada é a da bancada tucana na Câmara, que não acredita na recuperação de Temer e diverge do alto comando da legenda. Tasso tem pedido calma para que o PSDB não seja visto como partido responsável por derrubar o presidente. Por isso, adiou qualquer reunião para definir saída ou permanência na coalizão.

— O melhor é não reunir, pois há risco de não conter a onda a favor da saída — avalia um grão-tucano.

Com auxílio do governador paulista, Geraldo Alckmin, e do prefeito de São Paulo, João Doria, Tasso procura convencer as bancadas a aguardar a retomada do julgamento da ação que pode cassar a chapa Dilma-Temer no TSE. Para fugir de questionamentos sobre Temer e o senador suspenso Aécio Neves (PSDB-MG), o tucanato concentra esforços nas reformas.

Relator das mudanças na legislação do trabalho, Ferraço desistiu de trancar a discussão do tema e vai apresentar ontem o relatório na CAE, com expectativa de aprovação na próxima semana.

— Não podemos misturar a crise institucional com o nosso dever e o nosso compromisso com o país. Esse é um debate que começou há meses no Congresso — justificou.

Ferraço não pretende alterar a versão do projeto aprovada pelos deputados, para evitar o retorno do texto à Câmara. Ajustes necessários devem ser feitos por meio de veto presidencial ou edição de medida provisória. Articuladores de Temer querem aprovar a reforma no plenário do Senado em até duas semanas.

Na Câmara, a semana será concentrada na aprovação de MPs que estão próximas de perder a validade. As votações são consideradas o termômetro da disposição em favor do apoio a Temer. Em outra frente, o PMDB vai coletar assinaturas para criar CPI sobre a delação dos executivos da JBS. A oposição trabalha com a estratégia de tentar obstruir as votações até que Maia aceite um dos pedidos de impeachment de Temer apresentados até o momento.

A manobra da oposição para trancar as votações só terá eficácia com a adesão de parte da base de Temer. Na tribuna, os discursos voltarão a pedir a renúncia do presidente e a aprovação da PEC que antecipa as eleições diretas em caso de queda do presidente.

— A agenda legislativa tem uma única prioridade, definir a data das próximas eleições presidenciais de forma direta — afirma Henrique Fontana (PT-RS).

Zero Hora


Risco de derrota no STF dita mudança de estratégia de Temer

A mudança da estratégia jurídica de Michel Temer começou a ser discutida no fim de semana, quando o presidente percebeu que um julgamento desfavorável do pedido de suspender o inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) poderia ser uma sentença de morte e decretar o fim antecipado de seu governo.

Depois que as cúpulas do PSDB e do DEM tomaram o veredicto do plenário do STF – antes marcado para amanhã – como parâmetro para a decisão de permanecer ou não na base aliada, Temer viu que a tática até então estabelecida havia se tornado uma armadilha.

Principal alvo das delações da JBS, o presidente foi alertado de que havia riscos de sofrer uma derrota na Corte e, sendo assim, toda a estratégia traçada poderia se transformar num divisor de águas contra o governo. A avaliação feita no Palácio do Planalto foi a de que, se o plenário referendasse o parecer do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, mantendo a investigação contra Temer, a crise aumentaria e a situação do presidente ficaria insustentável.

Com esse diagnóstico, o Planalto recorreu aos serviços do perito Ricardo Molina, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na tentativa de mostrar que a gravação feita pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, continha edições, e, portanto, não poderia ser usada como prova na investigação.

Foi, na prática, mais uma estratégia para ganhar tempo e afastar ultimatos, deixando o inquérito correr no seu curso natural e evitando o possível desembarque de aliados. Dessa forma, quando a Polícia Federal entregar o seu laudo ao STF, o presidente já terá apresentado sua defesa pública.

Alívio. No Supremo, o recuo na defesa de Temer foi visto com alívio. Para um ministro da Corte, da forma como as coisas vinham sendo conduzidas, o STF estava praticamente fadado a definir a morte ou a sobrevivência política do presidente, o que não é papel do tribunal. Sem o peso dessa decisão nos ombros, ministros avaliavam ontem que a Corte vai analisar a situação de Temer num cenário com menos pressão política.

Em conversas reservadas, magistrados diziam que, se o plenário referendasse por maioria a decisão de Fachin de abrir investigação contra Temer, o efeito para ele seria semelhante ao do recebimento da denúncia. Argumentavam ainda que a batalha do presidente sobre sua governabilidade deve ser travada no campo político e entre atores econômicos, não entre juízes.

“Todos nós queremos a verdade e a Justiça vai fazer o seu papel. Enquanto não tivermos a verdade, não podemos parar o País, como deseja a oposição, que aposta no ‘quanto pior, melhor’”, disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PSDB-RR), também investigado pela Lava Jato.

Nos bastidores, auxiliares de Temer observam que, se o PSDB deixar a equipe, arrastará outros aliados. Dirigentes tucanos, por sua vez, dizem estar atentos aos desdobramentos da crise. Uma ala do partido afirma não querer ficar na Esplanada para o “abraço de afogados”.

Dúvidas. Na noite de domingo, ministros e parlamentares discutiram com Temer, no Palácio da Alvorada, o que chamaram de atitudes “suspeitas” de Fachin e do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Nas rodas de conversa, o comentário era o de que Janot pode sair desmoralizado dessa investigação.

Duas questões chamaram a atenção: a pressa do Ministério Público em fechar o acordo com a JBS e a diferença entre as punições impostas aos irmãos Joesley e Wesley Batista e a outros delatores, como os do grupo Odebrecht. Os donos da JBS não foram presos, nem obrigados a usar tornozeleiras. Joesley chegou a ter, ainda, autorização para viajar a Nova York.

Estadao

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