Brasil | Lula habló sobre la relevancia de la integración regional y reiteró que el Mercosur está dispuesto a firmar acuerdo con la UE si revisan posición

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Lula: Mercosur dispuesto a firmar acuerdo con UE

El presidente brasileño, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmó hoy que los países del Mercado Común del Sur (Mercosur) están dispuestos a firmar el acuerdo comercial con la Unión Europea (UE).

«Estamos listos para firmar el acuerdo entre el Mercosur y la Unión Europea. Ahora depende de la Unión Europea, porque nosotros aquí ya decidimos lo que queremos, y ya nos comunicamos con ellos», señaló Lula durante la sesión de apertura del foro Un Proyecto de Brasil, del nuevo ciclo de la serie Diálogos Capitales.

Refirió que la UE debe arreglarse con Francia, la cual tiene dificultades con los productos agrícolas brasileños, «sin duda tendría que competir con nuestro queso de minas, nuestro vino del Rio Grande do Sul».

El gobernante confirmó el envío de un comunicado sobre la posición del Mercosur a la presidenta de la Comisión Europea, Ursula von der Leyen.

«Ahora depende solo de ellos, no depende de nosotros», subrayó.

Brasil es el país miembro del Mercosur que lidera las negociaciones con la UE para cerrar el pacto.

El gigante sudamericano pasó en diciembre la presidencia de la organización intergubernamental regional a Paraguay, pero siguió al frente de las tratativas con los países europeos con la intención de viabilizar el compromiso entre las partes.

Desde hace más de 20 años, el Mercosur y la UE negocian un entendimiento que facilite los intercambios comerciales entre los países de los dos bloques.

Sin embargo, las negociaciones apenas avanzan y todavía se encuentran en punto muerto.

Cuando Lula asumió por tercera vez el poder en enero de 2023 dio prioridad a la negociación e intensificó el diálogo con los europeos.

El año pasado, el Parlamento Europeo aprobó la inclusión de una serie de nuevas exigencias en el compromiso, que terminó por frenar las negociaciones.

Son miembros del Mercosur: Brasil, Argentina, Paraguay y Uruguay. Actualmente Venezuela se encuentra suspendida del bloque.

Prensa Latina


‘A União Europeia que se vire’, diz Lula sobre acordo com o Mercosul

Por Leonardo Fernandes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (14), que os países do Mercosul estão prontos para assinar o acordo com a União Europeia, lembrando que o acordo está emperrado principalmente por dificuldades impostas pela França, que adota uma postura protecionista em relação aos seus produtores.

«Agora depende da União Europeia. A União Europeia que se vire. Agora depende deles, não depende mais de nós», declarou, em discurso no painel de abertura do ciclo de debates Diálogos Capitais. O evento, organizado pelo editorial Carta Capital, em comemoração dos seus 30 anos, aconteceu na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília (DF).

Na mesa de abertura, o presidente prestou homenagem ao fundador da Carta Capital, Mino Carta, a quem classificou como o maior jornalista vivo do Brasil. «Mino Carta é, indubitavelmente, o maior jornalista vivo deste país. Ele foi o primeiro jornalista, em 1975, que fez uma capa da IstoÉ comigo, durante as greves dos metalúrgicos do ABC», disse Lula.

O petista também fez referência à proliferação de desinformação nas redes sociais, e a necessidade de meios de comunicação sérios, comprometidos com a verdade, capazes de ajudar a «derrubar a muralha da intolerância» que foi erguida nos últimos anos. «Lamentavelmente, a gente está precisando de muita informação correta porque nós estamos vivendo numa época do fim do argumento. O argumento já não serve de muita coisa», declarou.

Integração latino-americana

Sobre a integração nacional e latino-americana, o presidente da República afirmou que se reuniu com dezenas de chefes de Estado e governo do mundo, principalmente da América Latina, para discutir as ações de integração regional, considerada «imprescindível» pelo presidente. «O futuro está aqui, perto de nós», declarou.

«Quando eu voltei à Presidência, o entorno regional voltou a ser prioridade do nosso governo. Nos últimos anos, permitimos que conflitos e disputas se sobrepusessem aos interesses da região», disse. «Eu não esqueço nunca, que o [Hugo] Chávez, antes de ser presidente, era professor da academia militar da Venezuela. E a aula que ele dava era dizendo que o Brasil era o inimigo, o império», relatou.

O presidente destacou as conquistas dos seus primeiros governos em relação à integração latino-americana. «Nós construímos a Unasul [União de Nações Sul-Americanas], continuamos com o Conselho de Defesa da América do Sul, abrimos mão da Alca [Área de Livre-Comércio das Américas], criamos a Celac [Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos], reforçamos o Mercosul. Quando nós entramos no governo, o comércio com a Argentina, o fluxo éra de R$ 7 bilhões e, quando terminamos o governo era de R$ 39 bilhões».

Lula afirmou que está determinado, assim como o conjunto do governo, a recuperar o papel de protagonista no cenário das relações internacionais e destacou que as divergências ideológicas entre os governos da região devem ser menorizados.

Emergência climática

Lula destacou o papel da região no enfrentamento às mudanças climáticas. «A América do Sul possui biomas fundamentais para o combate às mudanças no clima», disse o presidente, que citou ainda os esforços do governo para a realização da Conferência do Clima, a COP 30, em Belém, em 2025, e reafirmou o compromisso do governo em caminhar rumo à descarbonização e a transição energética.

Relações com a China e defesa da democracia

O presidente anunciou que, após a reunião do G20, marcada para novembro, haverá um encontro bilateral com a China para discutir uma parceria estratégica a longo prazo. E se comprometeu a entregar o governo com um país melhor do que recebeu.

«O Brasil vai terminar o meu mandato em uma situação altamente privilegiada, como foi em 2010», prometeu. «Mesmo que dê errado, vai dar certo», brincou.

Lula também reiterou que fará uma reunião com chefes de Estado de países democráticos durante a reunião da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro.

Os ciclos de debates Diálogos Capitais acontecem de maio a novembro deste ano, em celebração dos 30 anos do editorial Carta Capital. A primeira rodada de debates, em maio, debateu a reindustrialização sustentável e exportações. O último ciclo acontece em novembro para debater o futuro do trabalho e as reformas que o país precisa. A atividade pode ser acompanhada virtualmente pelos canais da Carta Capital e do Brasil de Fato no YouTube.

Brasil de Fato

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