Brasil | Lula visita Angola y firma acuerdos de cooperación en materia de defensa, salud, educación, producción y comercio

Lula, Lourenço y un fuerte vínculo histórico - Ricardo Stuckert/PR
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Lula relanza cooperación entre Brasil y Angola como parte de visita oficial

El presidente angolano, João Lourenço se reunió este viernes en la sede de la Presidencia local, con su homólogo brasileño, Luiz Inácio Lula da Silva, quien llegó  este jueves a Luanda, donde cumplirá con un Visita de Estado de tres días a Angola.

Ambos jefes de Estado presenciaron la firma de varios acuerdos, con énfasis en el sector de la Defensa, en particular de los desafíos de Brasil para la protección de los mares en tiempos de paz.

Asimismo, uno de los temas que se abordarán en la reunión, según el embajador de Brasil en Angola, Rafael Vidal, es la intención de Brasil de entrenar tropas angolanas para las Naciones Unidas. En este sentido, añadió que su país trabaja en una cooperación que implica el entrenamiento de tropas de ese país africano en Brasil para las primeras fuerzas de despliegue rápido en Angola al servicio de la ONU.

Con este paso, las tropas angolanas serían las primeras fuerzas de despliegue rápido de un país africano a disposición de las Naciones Unidas.

Por otra parte, entre los convenios firmados se encuentran dos en el ámbito de la salud, el primero para el tratamiento del VIH/sida y el segundo para la lepra.

La firma de otros instrumentos legales en las áreas de Educación (tercera fase del Proyecto Escuela para Todos para la Educación Inclusiva), pequeñas y medianas empresas, entre el SEBRAE (Servicio Brasileño de Apoyo a las Micro y Pequeñas Empresas) y la contraparte angoleña, el INAPEM (Instituto de Apoyo a la Micro, Pequeña Mediana Empresa), procesamiento de datos y transferencia de tecnología en la administración pública.

El sábado, en su último día en Luanda, Lula participará de la inauguración de la Galería Ovídio de Melo , ubicada en el Instituto Guimarães Rosa, un espacio es mantenido por el Ministerio de Relaciones Exteriores de Brasil para difusión cultural y educativa.

Luego se dirigirá a Santo Tomé y Príncipe. Allí, el presidente participará en la 14ª conferencia de jefes de Estado de la Comunidad de Países de Lengua Portuguesa (CPLP). La agenda también prevé reuniones con líderes políticos del país.

La CPLP tiene como miembros a Angola, Brasil, Cabo Verde, Guinea-Bissau, Guinea Ecuatorial, Mozambique, Portugal, Santo Tomé y Príncipe y Timor Oriental .

Telesur


Em Angola, Lula assina acordos para retomada de parceria estratégica entre os países

Por Julio Adamor

Brasil e Angola iniciaram uma nova fase de sua relação bilateral, com a assinatura de atos de cooperação em áreas como saúde, educação, turismo, indústria, e ciência e tecnologia, além de manifestações enfáticas sobre a importância de os dois países atuarem em parceria.

A relação com Angola é “uma política de Estado, que independe das circunstâncias”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que iniciou nesta sexta-feira (25) uma visita de dois dias ao país.

Lula enfatizou bastante a importância da ciência e tecnologia para a ampliação dessa parceria e também disse que Angola pode atuar junto ao Brasil na preservação de florestas tropicais e na busca por iniciativas de desenvolvimento sustentável, que enfatizem a busca por uma transição energética que polua menos o planeta.

“Esse é um momento especial para o Brasil”, afirmou o presidente. “Essa coisa da transição energética não é mais para o futuro, é para hoje. Por isso precisamos de vocês, cientistas”, afirmou, após uma cerimônia que marcou o relançamento do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e condecorou cientistas.

“Não tem como pensar em reduzir as desigualdades sem desenvolver a ciência. Desenvolvimento sustentável e desenvolvimento científico estão de mãos dadas”, discursou Lula.

Ele também disse que as pesquisas não podem “ficar na gaveta depois de prontas”. E defendeu que os trabalhos científicos precisam se tornar um bem coletivo para a sociedade.

«Era tenebrosa»

Discursos de membros da comitiva e do presidente Lula se referiram à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro como “era tenebrosa” e destacaram medidas como a recomposição dos recursos do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), dos recursos para universidades e institutos federais, entre outras providências da atual gestão.

“Estamos reunidos aqui hoje para dizer que chega de obscurantismo, de negacionismo, de jogar cientistas às fogueiras”, discursou Lula.

O presidente brasileiro participou de diversos eventos na capital angola, Luanda. Trocou condecorações com o presidente João Lourenço, reforçou sua indignação com a fome, a desigualdade social, o preconceito contra as mulheres.

Destacou a força do Brasil como produtor de alimentos, os investimentos brasileiros em Angola, disse que o diálogo com Angola voltará a priorizar assuntos regionais e multilaterais. Afirmou também que o continente africano precisa ter maior representatividade em instâncias internacionais e convidou o presidente João Lourenço para a cúpula do G20 de 2024, no Rio de Janeiro, quando o Brasil estará na presidência do bloco, que reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.

Assange

Durante a cerimônia de assinatura de atos, o professor Renato Janine Ribeiro, presidente da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), aproveitou a ocasião para anunciar que entregaria ao presidente Lula um abaixo-assinado pedindo ao presidente que conceda asilo político ao ativista e jornalista Julian Assange, preso em Londres e ameaçado de extradição para os Estados Unidos.

Parceria estratégica

Brasil e Angola são parceiros estratégicos desde 2010, o que representa um ponto importante na pauta bilateral, pois elevou a relação a um nível diferenciado, em diferentes aspectos, explica a professora de Relações Internacionais Kamilla Raquel Rizzi, especialista em África portuguesa e CPLP, que leciona nas Universidades Federais do Pampa e de Santa Maria.

“O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência angolana em 1975, e este ato político teve reflexos no avanço e consolidação das relações bilaterais, que versam sobre comércio, investimentos, cooperação, defesa e geopolítica desde então”, afirma Rizzi.

Segundo ela, hoje existem sete projetos de cooperação em execução. Outros estão em discussão e planejamento, nas áreas de saúde, educação, meio ambiente, geoprocessamento, geologia, energia, urbanização e segurança pública. E em 2022, o acordo de Defesa entre os dois países foi aprovado no Senado brasileiro, o que tem projetado potencialidades adicionais nesta área.

“Uma ação brasileira importante no país é o Programa de Desenvolvimento Regional do Vale do Cunene, região no sul de Angola que foi castigada pela seca nos últimos anos, onde a Embrapa atuará com o objetivo de ampliar a área cultivável da agricultura local com técnicas de plantio e irrigação semelhantes às utilizadas no Vale do rio São Francisco”.

Veja a lista de acordos de cooperação assinados:
1. acordo entre Angola e Brasil sobre o exercício de atividades remuneradas por dependentes de diplomatas e militares que prestam serviços nos países;
2. memorando de entendimento entre governos de Angola e Brasil para cooperação no setor do turismo sustentável;
3. projeto de cooperação entre os ministérios da Saúde dos países para diagnóstico e tratamento da hanseníase;
4. memorando de entendimento sobre cooperação agrícola entre os ministérios da Agricultura brasileiro e angolano;
5. projeto de cooperação «Escola de Todos», para o estabelecimento da terceira fase do programa;
6. memorando sobre apoio a micro e pequenas empresas, assinado pelo Sebrae com o instituto angolano correspondente;
7. memorando sobre promoção da exportação entre as agências do setor dos dois países.

Brasil de Fato

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