Brasil | Reportan nuevos daños tras fuertes lluvias en el sureste del país

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Reportan nuevos daños por lluvias en Minas Gerais, Brasil

Por Priscila Mengue

Un deslizamiento de tierra provocado por las lluvias que desde octubre de 2021 azotan a Minas Gerais (sureste de Brasil) provocó el colapso este jueves de dos edificaciones patrimoniales y de parte del tendido eléctrico en la ciudad de Ouro Preto, en la región central de dicho estado.

El Departamento de Bomberos local informó a medios de prensa que el deslizamiento ocurrió en una zona cercana al centro histórico de la urbe, cuando se vino abajo la ladera de una colina que se alza en la parte trasera de las edificaciones afectadas.

El hecho no provocó víctimas, aunque destrozó ambos inmuebles (uno de ellos del siglo XVII) y parte del tendido eléctrico. En estos momentos se estima el monto de los daños.

El coordinador de la Defensa Civil en la ciudad, Nely Moutinho, había anunciado poco antes que el área sería cerrada debido al peligro de inestabilidad de la ladera de la colina.

Esta decisión provocó además que fueran evacuadas las personas residentes en un radio de 500 metros del sitio.

De acuerdo con el Departamento de Bomberos, la ladera aún es inestable y de ocurrir otro deslave podría afectar a un hotel y un restaurante.

Durante esta jornada también trascendió que este jueves se reportaban 134 cierres de carreteras debido a inundaciones de vías, deslaves, rotura de infraestructuras u otros perjuicios provocados por las precipitaciones.

Según la Policía Federal de Carreteras y la Policía Militar de Carreteras, 36 de estos cierres son totales y el resto tienen carácter parcial.

Las lluvias azotan a este estado brasileño desde octubre de 2021. Hay 341 ciudades en situación de emergencia, mientras que 10.000 personas ya fueron desalojadas de sus viviendas y 24 han fallecido.

teleSUR


Desmoronamento atinge casarões históricos em Ouro Pret

Um desmoronamento de terra no Morro da Forca atingiu ao menos dois casarões no centro histórico de Ouro Preto, em Minas Gerais, na manhã desta quinta-feira, 13. Não há feridos ou vítimas, de acordo com informações oficiais. Segundo a prefeitura, o perímetro do entorno estava isolado e a população havia sido evacuada preventivamente do local, na Rua Diogo de Vasconcelos, nas proximidades da Praça Cesário Alvim e a menos de 500 metros da sede da prefeitura.

«Ainda há uma instabilidade do talude», apontou o Corpo de Bombeiros em nota. De acordo com o órgão, há a possibilidade de um novo desmoronamento, que poderia atingir um hotel e um restaurante.

Segundo o secretário municipal da Defesa Civil, Juscelino Gonçalves, o morro é composto de rocha filito e xisto. «A terra está muito encharcada, as rochas estão muito encharcada por baixo e isso potencializa o risco de mais deslizamento. Ainda há possibilidade de descida (de terra) neste local», explicou em vídeo veiculado em rede social.

Os dois imóveis atingidos eram tombados, de acordo com informação da Defesa Civil repassada pelo Corpo de Bombeiros, e estavam desocupados, segundo a Prefeitura. O centro histórico de Ouro Preto foi o primeiro bem cultural brasileiro a ser reconhecido como patrimônio mundial pela Unesco, em 1980.

Em vídeo veiculado pelo Município, o prefeito Angelo Oswaldo (PV) afirmou que ambos os imóveis estavam interditados desde 2012 e que a Defesa Civil havia sinalizado que havia risco de deslizamento de parte do morro na quarta-feira, 12. O casarão de dois pavimentos pertencia ao município, enquanto o outro era particular. Ambas as construções foram destruídas.

Geólogos da Prefeitura e Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) foram chamados para avaliar a situação, os quais identificaram que o movimento de terra ocorre no sentido das casas atingidas e que, portanto, não haveria riscos para outros trechos do entorno do morro. “Esse material, segundo os geólogos, não pode ser retirado de um momento para o outro, sem todas as avaliações e todo um projeto de segurança, porque, se não, pode descer mais material ainda, ter mais deslizamento. E nós não queremos abalar o Morro da Forca.”

Pela manhã, a Defesa Civil alertou a possibilidade de «movimentação de massa de grande proporção». «Os bombeiros foram acionados por volta de 08h30min para fazer a vistoria do local. Nesse tempo, devido aos problemas estruturais encontrado, toda a área foi evacuada. Um pouco mais tarde, por volta de 9h10min, houve o colapso», destacou o Corpo de Bombeiros.

A situação também afetou o fornecimento de energia elétrica em parte da cidade, de acordo com a Prefeitura. Um morador morreu após a residência em que vivia ser atingida por um deslizamento no sábado, 8.

Outros desmoronamentos já haviam ocorrido no município desde o início do mês, como nos bairros Vila Aparecida e São Francisco. A rodovia que liga Ouro Preto a Mariana (a MG-129) chegou a ceder, impedindo o tráfego. Além disso, uma estrutura temporária foi instalada após uma queda de terra atingir as imediações do terminal rodoviário.

O Serviço Geológico do Brasil classifica o entorno dos casarios atingidos como de risco «alto» de deslizamento ao menos desde 2016. «Históricos de deslizamentos ao longo da encosta», diz a plataforma, que destaca a necessidade de: «monitoramento constante; alerta em período de chuva intensa/prolongada para remoção da população». Outros mais de 160 pontos no município também são classificados como de riscos «alto» e «muito alto».

Em entrevista a uma rádio local, a Real FM, o prefeito citou ainda que outro deslizamento nos últimos dias ocorreu nas imediações da Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões. “Ouro Preto é cheia de riscos. Tem uma carta geotécnica que mostra que nós temos riscos em todos os pontos da cidade, em toda a planta urbana, especialmente no bairro Taquaral, que é o foco da nossa maior preocupação. Estamos monitorando as outras áreas onde possa haver também algum acidente.”

Minas Gerais tem sido atingido por chuvas constantes desde as últimas semanas de 2021, que deixaram ao menos 25 mortos. Ao todo, 374 municípios (incluindo Ouro Preto) estão em situação de emergência, com 26.492 desalojados e 4.047 desabrigados, de acordo com a Defesa Civil do Estado.

Atingido por outro deslizamento anos atrás, casarão destruído era do século 19
Um dos dois imóveis destruídos após um deslizamento em Ouro Preto, o Solar Baeta Neves (o branco, de dois pavimentos) foi erguido no fim do século 19, há cerca de 110 anos. Ele teve o restauro entregue em 2010, pelo governo federal, porém foi desocupado anos depois por estar em área de risco e chegou a ser parcialmente atingido por outro deslizamento.

O restauro do solar custou cerca de R$ 373,5 mil, por meio do programa federal Monumenta, segundo comunicado veiculado pelo Iphan em 2010. O mesmo texto aponta que o imóvel foi erguido em um terreno comprado pela tradicional família Baeta Neves em 1890, de comerciantes.

“O casarão foi construído nos dois anos seguintes, às margens do Córrego do Funil, próximo à Estação Ferroviária, local que mais se desenvolvia na cidade, antes da transferência da capital para Belo Horizonte”, explicou o Iphan.

Em nota enviada ao Estadão, o órgão federal afirmou que o Escritório Técnico no município esteve no local e está acompanhando a situação. “O imóvel estava interditado desde 2012, quando ocorreu o deslizamento de um trecho da encosta, comprometendo um anexo existente na parte posterior do lote”, destacou.

MPF instaura procedimento para apurar causas do deslizamento
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou nesta quinta-feira, 13, um procedimento administrativo para investigar as causas do deslizamento que atingiu dois casarios históricos em Ouro Preto. “O MPF vai apurar as circunstâncias em que o fato se deu e pedir esclarecimentos dos órgãos envolvidos na tutela dos referidos bens quanto ao motivo do incidente, dimensão dos danos e seus efeitos”, apontou em nota.

O órgão divulgou ter solicitado um laudo ao Iphan para identificar os danos aos imóveis históricos do entorno e se está em risco, além de apontar quais medidas serão tomadas pelo instituto para preservação do patrimônio histórico da região. A Prefeitura de Ouro Preto também foi procurada para esclarecimentos sobre as causas do deslizamentos, medidas de prevenção adotadas e mitigação de danos.

Veja imagens do desmoronamento em Ouro Preto:

Brasil Estadao

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