Brasil | Facebook elimina video de Bolsonaro en el que asegura que vacunados desarrollan HIV fácilmente

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Facebook retiró video de Bolsonaro en el que vinculaba vacuna de covid-19 con el sida

Facebook decidió retirar en la noche del domingo el último directo del presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, emitido el pasado jueves y en el que aseguraba que aquellos que se vacunan contra el coronavirus tiene más posibilidades de presentar inmunodeficiencias contra el sida.

“Nuestras políticas no permiten alegar que las vacunas contra el coronavirus matan o pueden causar daños graves a las personas”, señaló la red social para justificar la retirada del vídeo tanto de Facebook como de Instagram, cuenta el diario ‘Folha de Sao Paulo’.

El pasado jueves, el presidente Bolsonaro aseguró durante su comparecencia semanal en redes sociales que los vacunados contra el coronavirus “están desarrollando el síndrome de la inmunodeficiencia adquirida”, una asociación que las autoridades médicas ya han calificado de falsa y absurda.

Este es el segundo video que la empresa retira de Bolsonaro, después de una grabación de marzo de 2020 en la que el presidente brasileño promocionaba el uso de la cloroquina, un fármaco contra la malaria, para tratar de manera preventiva el coronavirus, a pesar de que la ciencia ha demostrado no solo que es ineficaz, sino que también podría ser contraproducente en algunos casos.

Cabe recordar que una comisión investigadora del Senado brasileño recomendó este miércoles imputar al presidente Jair Bolsonaro por varios delitos, entre ellos “crímenes contra la humanidad”, por su gestión de la pandemia, mientras el mandatario aseguró no tener “culpa de absolutamente nada”.

La CPI escudriñó durante seis meses las acciones y omisiones del gobierno durante la pandemia que ya ha dejado más de 600.000 muertos en Brasil, el segundo país más enlutado del mundo después de Estados Unidos.

El relator presentó el pasado miércoles su informe final, en el que concluyó que el gobierno expuso “deliberadamente a la población al riesgo concreto de infección en masa”, incluyendo a la vulnerable población indígena, por lo que pidió la inculpación de Bolsonaro y de otras 67 personas y empresas, como varios ministros y exministros y tres de los hijos del mandatario.

Entre los delitos atribuidos al presidente figuran crímenes contra la humanidad, delito por favorecer una epidemia que resultó en muerte, prevaricación y diseminación de informaciones falsas sobre el virus.

La CPI no tiene el poder de hacer denuncias formales.

Pero el informe, con testimonios conmovedores y revelaciones impactantes -como el uso de pacientes como “cobayas humanas” para probar medicamentos ineficaces contra el covid-, será enviado a diferentes órganos que pueden proseguir las investigaciones y formular cargos, como la Fiscalía General o una corte internacional.

Además de un “deliberado atraso” en la compra de vacunas, “se comprobó la existencia de un gabinete paralelo [que asesoraba al gobierno], la intención de inmunizar la población mediante el contagio natural, se dio prioridad a un tratamiento precoz sin amparo científico y se desestimularon las medidas no farmacológicas”, como uso de mascarilla y distanciamiento, afirmó en sus conclusiones el senador opositor Renan Calheiros, encargado de elaborar del informe.

Se trató de una “estrategia macabra”, añadió Calheiros. Si se hubieran adoptado medidas para contener la circulación del virus, “se podrían haber salvado 120.000 vidas para fines de marzo de 2021″.

Bolsonaro es “el principal responsable de los errores cometidos por el gobierno”, completa el relator del informe, que será votado por la comisión de once miembros la próxima semana, cuando se espera que sea aprobado con pocas modificaciones.

Semana


Facebook remove live em que Bolsonaro associa vacina anticovid à Aids

O Facebook removeu, no domingo (24.out.2021), a live semanal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), transmitida ao vivo na última 5ª feira (21.out). No vídeo, o chefe do Executivo associou a vacina contra a covid-19 à aids. O conteúdo também foi excluído do Instagram.

Em 20 de março de 2020, um vídeo em que o presidente promove aglomeração já tinha sido banido. Mas essa  foi a 1ª vez que a live semanal de Bolsonaro foi excluída pela plataforma.

LIVE

Na transmissão ao vivo de 5ª (21.out), Bolsonaro leu uma suposta notícia que diz que pessoas no Reino Unido “vacinadas [contra a covid-19] estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida [aids]”.

“Recomendo que leiam a matéria. Não vou ler aqui porque posso ter problemas com a minha live”, disse o presidente.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) já negou a relação da vacina com a transmissão do vírus da aids e reforçou a necessidade dos portadores da doença se vacinarem contra a covid-19.

Na mesma transmissão, Bolsonaro sugeriu que o uso de máscaras de proteção contra a covid-19 por longos períodos, “sem higiene”, pode causar pneumonia e morte.

Segundo o chefe do Executivo, lendo um suposto artigo científico, a “maioria das vítimas de gripe espanhola” –em 1918 e 1919– não morreu da doença, mas sim de pneumonia bacteriana “causada pelo uso de máscara”.

O presidente também criticou a obrigatoriedade da proteção e disse que, “em alguns municípios mais pobres”, muitas pessoas usam a mesma máscara por “semanas, até meses”.

Segundo ele, as políticas decretadas por prefeitos e governadores para conter o avanço da covid-19 foram uma das “mais perversas da sociedade”.

Na sequência, Bolsonaro voltou a repetir que “obesos” e “desesperados” morreram mais de covid-19 ao longo da pandemia. Segundo o presidente da República, as emoções afetam “a capacidade das pessoas de reagir à doença”.

Ele também defendeu o tratamento da covid-19 com o uso de remédios sem eficácia comprovada contra a doença. “Vamos deixar o médico trabalhar, pessoal”.

INQUÉRITO DAS FAKE NEWS

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou um requerimento para que a CPI da Covid encaminhe o caso ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito das fake news.

O congressista afirma que “a democracia brasileira precisa urgentemente aprender a lidar com um PR [presidente da República] que comete crimes em série”.

Poder 360


Entidades médicas desmentem fala de Bolsonaro que relaciona vacina a HIV: ‘Associação inexistente’

Por Rodrigo Castro e Giulia Vidale

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) desmentiu a fala do presidente Jair Bolsonaro, que relacionou as vacinas contra Covid-19 ao vírus da imunodeficiência humana (HIV), e repudiou «toda e qualquer notícia falsa que circule e faça menção a esta associação inexistente».

Em sua live semanal na última quinta-feira, Bolsonaro leu uma suposta notícia de que relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que as pessoas completamente imunizadas estão desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida «muito mais rápido que o previsto». A afirmação do presidente ocorreu um dia após a leitura do relatório final da CPI da Covid, que pediu seu indiciamento por nove crimes em função de sua conduta durante a pandemia.

Em nota, o Comitê de HIV/aids da SBI disse que «não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a COVID-19 e o desenvolvimento de síndrome da imunodeficiência adquirida». Esclareceu ainda que pessoas que vivem com HIV/aids devem ser completamente vacinadas contra a Covid-19.

«Destacamos inclusive a liberação da dose de reforço (terceira dose) para todos que receberam a segunda dose há mais de 28 dias», diz o texto, endossado pela Associação Médica Brasileira (AMB). «Repudiamos toda e qualquer notícia falsa que circule e faça menção a esta associação inexistente», completa.

Na live, Bolsonaro afirma que dará uma notícia grave enquanto pega uma espécie de jornal. Ele diz que não fará comentários a respeito, mas cita que já falou do assunto no passado.

– Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados – aqueles com 15 dias após a segunda dose – estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (aids) muito mais rápido que o previsto. Recomendo que leiam a matéria. Não vou ler aqui porque posso ter problemas – disse o presidente.

Após a fala, políticos e especialistas reagiram nas redes sociais e destacaram que a informação era mentirosa. No relatório final, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) incluiu a disseminação de notícias falsas e desinformação sobre a pandemia no país entre os fatores responsáveis pelos óbitos decorrentes da Covid-19.

Cientistas reagem

No Twitter, pesquisadores e médicos se manifestaram sobre a fala do presidente Jair Bolsonaro. A epidemiologista Denise Garrett, do Instituto de Vacinas Sabin (dos EUA), reiterou que nenhuma das vacinas para Covid-19 aprovadas pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos EUA, e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), causam HIV. Isso inclui todos os imunizantes disponíveis no Brasil, além da vacina da Moderna.

O infectologista Evaldo Stanislau, diretor da Sociedade Paulista de Infectologia, publicou um vídeo no qual critica a disseminação de mentiras sobre o assunto e esclarece que não há nenhuma base científica para afirmar que pessoas que tem HIV e estão vacinadas completamente contra a Covid desenvolvem aids. «Vacinas não transmitem doenças. Vacinas previnem doenças. Vacina contra a Covid salva vidas», afirma o médico.

A declaração é corroborada por outros especialistas, que também se manifestaram, como o médico e pesquisador Daniel Dourado; a microbiologista Natalia Pasternak, colunista do GLOBO; Isaac Schrarstzhaupt, coordenador na Rede Análise Covid-19; e o oncologista Bruno Filardi. Todos afirmaram que a informação divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro é falsa e ressaltaram que não existe nenhuma possibilidade de vacina causar aids.

«Vacinas contra a COVID-19 não transmitem HIV, quem divulga o contrário além de colaborar com a hesitação vacinal ainda amplia a estigmatização das pessoas que vivem com HIV, no Brasil mais de 900.000 pessoas – parem!», escreveu o médico Gerson Salvador, especialista em infectologia e autor do livro “O pior médico do mundo”.

O Globo

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