Brasil | Movimientos sociales marchan mañana en todo el país para exigir el impeachment a Bolsonaro

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Oposição se une por vacina, renda emergencial e impeachment, que move carreatas neste sábado

Após reunião nesta quarta-feira (20), os partidos de oposição (PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB, e Rede), seus líderes na Câmara dos Deputados e presidentes das agremiações divulgaram nota em que definem o que chamam de “linha de ação frente ao agravamento da crise no Brasil”. A justificativa, expressa no documento intitulado “Oposição unida: pelo impeachment, pela vacina e pela renda emergencial”, é a “incapacidade do governo Bolsonaro em conter a pandemia, a falta de um plano de vacinação e a crise econômica e social agravada pelo fim do auxílio emergencial”.

Os partidos de oposição propõem o fortalecimento da Plenária Nacional de Organização de Lutas Populares, com destaque para a vacina para todos, o auxílio emergencial e a “imediata abertura do impeachment de Bolsonaro”. As legendas vão protocolar um novo pedido de impeachment (o 62° na Câmara), este motivado pela questão sanitária, e baseado “na omissão e na responsabilidade do governo Bolsonaro em relação à pandemia, que ficou mais evidente com as mortes e a falta de oxigênio em Manaus e outras cidades”.

Na próxima terça-feira (26), às 14h, os partidos realizam ato no Salão Verde da Câmara, pedindo a volta imediata dos trabalhos no Legislativo. A oposição também quer instaurar uma comissão parlamentar mista de inquérito no Congresso (CPMI) para investigar o fiasco da gestão de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde.

“Ação criminosa” e “povo saturado”

O alvo da CPMI é “a ação criminosa do governo federal” em relação a pandemia, diz o deputado Alexandre Molon (RJ), líder do PSB na Câmara, em vídeo divulgado nas redes. Segundo ele, o presidente “espalha informações falsas, estimulando remédios sem eficácia comprovada, aglomerações, desestimulando uso de máscaras e falhando na garantia de oxigênio, o que levou à morte de muitas pessoas no Amazonas”.

Vice-líder do PT na Câmara, o deputado Rogério Correia (PT-MG) afirma que CPMI ou impeachment de Bolsonaro são dois caminhos que devem ser perseguidos pela oposição. “Todos os métodos são válidos. Mas o que vai definir é a mobilização popular e social que está a caminho”, acredita. “O povo brasileiro está saturado da pandemia e miséria que se ampliam, inflação, crise econômica e social. O governo não tem respostas.” Para Correia, diante do cenário, está sendo criado um ambiente e maioria na sociedade a favor da deposição de Bolsonaro.

Carta à China

Os partidos também vão enviar uma carta à embaixada da China solicitando uma reunião com o chefe da representação diplomática, Yang Wanming, na próxima semana, com o objetivo de “destravar” o envio da matéria-prima para a produção da vacina no Brasil. O diálogo é necessário diante da “lamentável gestão diplomática do governo Bolsonaro”, inclusive por seus ataques aos chineses e ao próprio embaixador. O Legislativo tem tentado resolver a situação caótica das negociações com a Índia e a China, os dois países que produzem o insumo. Nesse sentido, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), conversou esta semana com Wanming.

Sábado de carreatas pelo impeachment de Bolsonaro

Neste sábado (23), movimentos sociais ligados às frentes Brasil Popular e Povo sem Medo realizam carreatas em todo o Brasil, com o mote #ForaBolsonaro, como parte de pressão sobre o Congresso Nacional pelo impeachment do presidente.

Confira os locais das carreatas já confirmadas.

Norte

  • Rio Branco – Uninorte | 15h
  • Belém – Av. Doca de Souza Franco | 9h
  • Ananindeua – Ginásio Abacatão | 9h
  • Palmas – Estação Apinajé | 15h

Nordeste

  • Maceió – Papódromo | 15h
  • Salvador – Vale da Canela | 9h e do CAB até o Farol da Barra | 15h
  • Fortaleza – Rua Dragão do Mar, 81 | 15h
  • João Pessoa – Praça da Independência | 14h e Liceu ao Busto | 16h
  • Recife – Em frente à fabrica Tacaruna / Classic Hall (Av. Agamenon Magalhães) | 9h
  • Teresina – Centro Administrativo | 8h

Centro-Oeste

  • Brasília – Estacionamento da Torre de TV, Funarte | 9h
  • Campo Grande – Cidade do Natal | 10h
  • Cuiabá – Concentração na UFMT, Guarita 1, Av. Fernando Correia | 9h

SudesteSão Paulo

  • Campinas – Largo do Pará | 11h
  • Carapicuíba – Parque dos Paturis | 8h30
  • Osasco e Oeste Metropolitano – Parque dos Paturis | 8h30
  • Presidente Prudente – Rua Júlioo Tiezzi, em frente ao galpão da Lua | 9h30
  • São José dos Campos – Estádio Martins Pereira | 10h
  • São Paulo – Assembleia Legistalitva |14h

Minas Gerais

  • Belo Horizonte – Mineirão | 16h e Praça Afonso Arinos | 16h30

Rio de Janeiro

  • Rio de Janeiro – Monumento à Zumbi, av. Presidente Vargas | 10h

Sul

  • Curitiba – Praça Nossa Senhora de Salete | 15h30
  • Florianópolis – Koxixo’s Bar, Beira Mar Norte | 16h
  • Novo Hamburgo (RS) – Pista de Eventos de NH | 9h30
  • Porto Alegre – Largo Zumbi | 16h
  • Rio Grande (RS)- Rua São Leopoldo esquina com a Av. Rio Grande | 11h

Rede Brasil Atual


Avião com vacinas de Oxford para o Brasil decola da Índia

O avião que transportará da Índia para o Brasil as vacinas da Astrazeneca/Oxford decolou por volta das 20h desta quinta-feira (21) do país asiático com destino ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. O voo traz para o país lotes com 2 milhões de doses que foram fabricadas pelo laboratório indiano Serum.

As doses serão enviadas em um voo comercial da companhia aérea Emirates. A previsão é que a carga chegue ao Rio de Janeiro no fim da tarde dessa sexta-feira (22).

O voo primeiro pousará no aeroporto internacional de Guarulhos, e em seguida a carga será embarcada em outro avião que segue para o aeroporto internacional do Galeão.

Governo negociou liberação

O governo da Índia liberou as exportações comerciais de vacinas contra Covid-19, com as primeiras remessas sendo enviadas para o Brasil e Marrocos na noite desta quinta-feira (21), disse o secretário de Relações Exteriores da Índia. A informação de que a autorização seria dada foi antecipada na quarta-feira (20) pelo colunista Igor Gadelha, em Brasília, e pelo jornalista Mathias Brotero, enviado especial da CNN à Índia.

As vacinas desenvolvidas pela farmacêutica britânica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford estão sendo fabricadas no Serum Institute of India, o maior produtor mundial de vacinas, que recebeu pedidos de países de todo o mundo. Um incêndio atingiu o instituto nesta quinta-feira (21), mas não danificou o setor que produz as vacinas contra o coronavirus.

O governo indiano suspendeu a exportação de doses até iniciar seu próprio programa doméstico de imunização no fim de semana passado. No início desta semana, ela enviou suprimentos gratuitos para países vizinhos, incluindo Butão, Maldivas, Bangladesh e Nepal.

O ministro das Relações Exteriores, Harsh Vardhan Shringla, disse que o fornecimento comercial da vacina começaria na sexta-feira, de acordo com o compromisso do primeiro-ministro Narendra Modi de que as capacidades de produção da Índia seriam usadas por toda a humanidade para combater a pandemia.

“Seguindo essa visão, respondemos positivamente aos pedidos de fornecimento de vacinas manufaturadas indianas de países de todo o mundo, começando pelos nossos vizinhos”, disse ele, referindo-se ao fornecimento gratuito. “O fornecimento das quantidades comercialmente contratadas também começará a partir de amanhã, começando pelo Brasil e Marrocos, seguidos da África do Sul e Arábia Saudita”, acrescentou.

O Brasil, que tem o segundo maior número de mortes de Covid-19 depois dos Estados Unidos, tem instado a Índia a enviar a vacina AstraZeneca. Ela concordou em adquirir 2 milhões de doses de Serum e estava pronta para enviar um avião na semana passada para buscá-las.

CNN Brasil


Dilma recusa convite de Doria para ser vacinada em evento de marketing: ‘É inaceitável furar a fila’

A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) recusou-se, “por razões éticas e de justiça”, a furar a fila da vacinação para participar de mais uma ação de marketing planejada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em torno da vacina contra a covid-19 CoronaVac. O tucano convidou Dilma para receber o imunizante durante um evento agendado para o dia 25 de janeiro, em Porto Alegre. Em seu blog (aqui), Dilma afirma que recusou o convite porque o Plano Nacional de Vacinação deve ser respeitado, assim como a fila. “E, se é certo que a vacinação já começou, não há montante de vacinas disponível para que eu, agora, seja beneficiada.”

“É inaceitável ‘furar a fila’, que deve ser estritamente respeitada por todos os brasileiros. Neste momento, considero imprescindível que sejam atendidos, de acordo com o Plano. Primeiramente os trabalhadores da área da saúde que estão na linha de frente da luta contra a Covid19. Além dos idosos que vivem em asilos e o grupo de idosos brasileiros mais expostos ao risco de adoecer gravemente ou morrer. Aguardarei pacientemente a minha vez e quero adiantar que já estou com o braço estendido para receber a CoronaVac”, destacou a ex-presidenta.

Valorizar o SUS

Além de pedir respeito à fila, Dilma aproveitou a nota para denunciar a política neoliberal do governo de Jair Bolsonaro. Ela ressalta ainda os ataques ao serviço público de saúde que pretendem a destruição do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim como de órgãos de pesquisas vitais como o Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ambos estão tendo papel primordial durante a pandemia do novo coronavírus.

“Faço questão de prestar tributo à contribuição do SUS, do Butantan e da Fiocruz, que são tão importantes e estratégicos para a saúde pública. E para o desenvolvimento das vacinas. Denuncio todos aqueles que, ao longo dos últimos anos, tentaram destruí-los. Seja por restrição de recursos orçamentários, seja por visão preconceituosa, como ficou claro na saída dos médicos cubanos, seja por defender propostas privatistas”, afirmou.

Confira íntegra da nota

Recebi o convite do governador de São Paulo para ser vacinada com a CoronaVac no dia 25 de janeiro, em Porto Alegre. Agradeço, mas diante das circunstâncias tenho o dever de recusar a oferta, por razões éticas e de justiça. O Plano Nacional de Vacinação deve ser respeitado e, se é certo que a vacinação já começou, não há montante de vacinas disponível para que eu, agora, seja beneficiada.

É inaceitável “furar a fila”, que deve ser estritamente respeitada por todos os brasileiros. Neste momento, considero imprescindível que sejam atendidos, de acordo com o Plano, primeiramente os trabalhadores da área da saúde que estão na linha de frente da luta contra a Covid19, além dos idosos que vivem em asilos e o grupo de idosos brasileiros mais expostos ao risco de adoecer gravemente ou morrer. Aguardarei pacientemente a minha vez e quero adiantar que já estou com o braço estendido para receber a CoronaVac.

Faço questão de prestar tributo à contribuição do SUS, do Butantan e da Fiocruz, que são tão importantes e estratégicos para a saúde pública no Brasil e para o desenvolvimento das vacinas. Denuncio todos aqueles que, ao longo dos últimos anos, tentaram destruí-los, seja por restrição de recursos orçamentários, seja por visão preconceituosa, como ficou claro na saída dos médicos cubanos, seja por defender propostas privatistas.

Enalteço o SUS
Enalteço o trabalho dedicado dos epidemiologistas, biólogos, infectologistas, pesquisadores e servidores do sistema SUS, em especial da Fiocruz e do Butantan, cuja qualidade é reconhecida internacionalmente. Estendo estas homenagens e agradecimentos a todos os que se dedicam a combater esta pandemia que, por desleixo e desumanidade do governo federal, já roubou a vida de mais de 210 mil pessoas e está matando brasileiros até mesmo por falta de oxigênio. Por fim, reconheço e saúdo a solidariedade e a atitude humanitária do governo chinês, que proporcionou a parceria entre o Estado São Paulo/Butantan e o laboratório Sinovac para a importação e a fabricação das vacinas em nosso país. É uma vitória da cooperação entre os povos e da ciência e uma derrota do negacionismo.

DILMA ROUSSEFF

Rede Brasil Atual


Bolsonaro volta a bater na Venezuela, que socorreu Manaus com envio de oxigênio

Em live nesta quinta-feira (21), Jair Bolsonaro ignorou a ajuda venezuelana de enviar a Manaus cilindros de oxigênio para socorrer pacientes em UTIs de hospitais da capital amazonense que morriam sem ar e atacou, mais uma vez, a Venezuela.

Bolsonaro disse que o país vive sob uma ditadura com o governo de Nicolás Maduro. «Sentimos muito o que está acontecendo porque nossos irmãos perderam a liberdade, perderam o poder aquisitivo, grande parte vive em uma miséria enorme, e nós aqui acolhemos e os distribuímos pelo Brasil», falou Bolsonaro sobre o país que salvou Manaus há poucos dias.

Ele ainda aproveitou o gancho para jogar panos quentes sobre sua própria declaração do início da semana de que são as Forças Armadas no Brasil que decidem se o país viverá, ou não, em democracia, e não a Constituição, o que causou grande revolta. «A gente sabe que uma ditadura uma vez instalada dificilmente se desfaz. Por isso, graças a Deus aqui no Brasil temos Forças Armadas comprometidas com a democracia e com a liberdade. Então um grande pilar da nossa democracia são as Forças Armas, que jamais aceitariam o convite de uma autoridade de plantão, no caso o presidente da República, a enviesar por um caminho diferente da liberdade e da democracia. Lá as Forças Armadas fora cooptadas»

Brasil 247


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