Brasil: continúan las protestas contra Bolsonaro en la India tras participación en el Día de la Independencia

951

Continúan en la India manifestaciones en rechazo a Bolsonaro

La Asociación de Mujeres Democráticas de la India (Aidwa), condenó este domingo de forma enérgica la presencia del presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, en Nueva Delhi (capital), como invitado del Gobierno a la celebración por el Día de la República.

“Es una vergüenza que el primer ministro Narendra Modi elija compartir el podio, que ha sido honrado con la presencia de respetadas figuras internacionales en tiempos pasados, con un hombre que llegó al poder en Brasil con las bendiciones del presidente estadounidense, Donald Trump, tras encarcelar al líder Luiz Inácio Lula da Silva bajo falsos cargos”, afirmó la organización en un comunicado.

El texto denuncia que Bolsonaro apoyó públicamente a los regímenes de dictaduras militares en Brasil y expresó admiración por el nazismo; asimismo, señaló al presidente brasileño de revertir muchas de las medidas a favor del pueblo tomadas por el expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante su mandato.

“Es un racista abierto y un misógino repudiado también por los ambientalistas de todo el mundo por permitir la destrucción de la selva amazónica y traicionar los derechos de los pueblos indígenas para favorecer a los intereses corporativos”, añade el mensaje que considera la invitación al político “una deshonra para la India”.

Una representante de Aidwa denunció que, “en todo el mundo, desde Trump hasta Bolsonaro, y desde Israel hasta donde haya opresión, Narendra Modi está con ellos. Y rechazamos eso”.

A partir de que el mandatario brasileño llegó al país asiático el pasado viernes, diversas organizaciones sociales han rechazado su presencia en el país, al considerarlo una amenaza a los valores democráticos, los pueblos indígenas y el medio ambiente y se han producido varias manifestaciones en la capital.

 

Igualmente, un parlamentario indio repudió la invitación y llamó a boicotear la ceremonia de celebración de la fiesta nacional india en que el político sudamericano es invitado de honor.

“Las acciones de Bolsonaro contradicen el espíritu de la Constitución india”, afirmó el diputado indio Binoy Viswam, figura destacada del Partido Comunista y exgobernador del sureño estado de Kerala.

El jefe de Estado brasileño, quien está acompañado por ministros y hombres de negocios, se encuentra en una visita oficial de cuatro días que tiene como objetivo fomentar los lazos económicos entre los dos países e incluye una reunión con su homólogo indio.

Las relaciones comerciales entre India y Brasil -que junto con Rusia, China y Sudáfrica integran los BRICS- ha aumentado en años recientes, llegando a 8.200 millones de dólares en el último período.

Como parte de esta visita, ambas partes tienen previsto firmar cerca de dos docenas de acuerdos en campos como la agricultura, la defensa y la cooperación energética, además de inversiones en el sector de los hidrocarburos.

Telesur


Indianos protestam contra presença de Bolsonaro no Dia da República

Ativistas ergueram cartazes que diziam: ‘destruidor da Amazônia não é nosso convidado’, ‘quem matou Marielle Franco’ e ‘Bolsonaro vá embora’

O Dia da República indiano é celebrado em 26 de janeiro e, neste ano, contou com a presença do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Em visita oficial ao país, ele é o convidado de honra para as comemorações neste domingo (26), o que revoltou parte da população devido às suas declarações machistas e sua política sobre a Amazônia, que tiveram forte repercussão no país.

Muitos indianos estão insatisfeitos com a participação de Bolsonaro nas celebrações do Republic Day, a festa que celebra a independência do país. O presidente brasileiro chegou na sexta-feira (24) à Nova Délhi, assistiu à marcha militar ao lado de personalidades políticas e sua visita é alvo de protestos nas ruas e nas redes sociais.

Para parte da população, o perfil político e a personalidade de Bolsonaro não são bem vistos, especialmente devido a declarações misóginas, em um país onde o machismo e os estupros de mulheres revoltam a opinião pública. A política do presidente brasileiro na Amazônia também é criticada por ativistas ambientais indianos.

“Bolsonaro, vá embora”

A chegada do líder brasileiro foi marcada por manifestações. Na cidade de Mumbai, ativistas ambientais se reuniram e exibiram cartazes com dizeres: “destruidor da Amazônia não é nosso convidado”, “quem matou Marielle Franco?”, ou ainda “Bolsonaro, vá embora”.

A organização ambientalista The Clean Project, baseada na capital indiana, lançou uma campanha virtual, com as hashtags #BoycottBolsonaro e #AmazonForestDestroyer (destruidor da Floresta Amazônica). “Não sei porque nosso primeiro-ministro o convidou. Essa pessoa não é bem-vinda na Índia”, declarou a militante Pooja Damodia às agências de notícias.

Personalidades políticas progressistas também reclamam da visita de Bolsonaro. Membro do Partido Comunista indiano, o parlamentar Binoy Viswam escreveu ao primeiro-ministro Narendra Modi para anunciar que boicotaria a cerimônia da festa nacional, do qual era convidado. Segundo ele, o governo do presidente brasileiro é “contrário ao espírito da Constituição da Índia”, celebrada neste domingo.

Acordos bilaterais assinados

Junto ao primeiro-ministro indiano, Bolsonaro assinou uma série de acordos bilaterais no sábado (25), nas áreas de ciência, tecnologia e energia, com a promoção de biocombustíveis, além de segurança cibernética. Uma eventual parceria na indústria automotiva também foi cogitada. Segundo Bolsonaro, Modi mencionou a possibilidade de fabricar veículos flex em fábricas da Índia.

No total, os dois países assinaram outros 15 atos de cooperação e expressaram apoio mútuo ao ingresso no Conselho de Segurança da ONU. Ambos pleiteiam uma vaga de membro não permanente na organização para um mandato de dois anos, entre 2022 e 2023. “Acredito que seria bom para o Brasil e para o mundo Brasil e Índia estarem nesse grupo”, disse Bolsonaro.

O presidente brasileiro está acompanhado de ministros e empresários, inclusive do setor de armas, produto do qual a Índia é um dos maiores compradores mundiais. Na segunda-feira (27), Bolsonaro participará da abertura do seminário empresarial Brasil-Índia e visitará o monumento Taj Mahal.

Carta Capital


VOLVER

Más notas sobre el tema