Jair Bolsonaro: «La democracia y las libertades sólo existen cuando las Fuerzas Armadas así lo quieren»

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Jair Bolsonaro afirmó que la democracia y las libertades sólo existen «cuando las Fuerzas Armadas así lo quieren»

El presidente brasileño, Jair Bolsonaro, afirmó el jueves que la democracia y las libertades existen «cuando las Fuerzas Armadas así lo quieren», durante un discurso dirigido a militares en la sede de la Marina, en Río de Janeiro.

Durante su alocución, con motivo del 211° aniversario del Cuerpo de Infantería de Marina, el mandatario afirmó que su misión es gobernar al lado «de las personas de bien» y «que respetan a la familia», y pidió el «sacrificio» de los militares ante la reforma previsional que también los afectará a ellos, publicaron medios locales.

«La misión será cumplida al lado de las personas de bien de nuestro Brasil, de aquellos que aman la Patria, de aquellos que respetan a la familia, de aquellos que quieren un acercamiento con países que tienen una ideología semejante a la nuestra, de aquellos que aman la democracia y la libertad. Y eso, democracia y libertad, sólo existe cuando su respectiva Fuerza Armada así lo quiere», declaró el presidente de acuerdo con O Globo.

Pocas horas después, el vicepresidente Hamilton Mourao, un general retirado, aseguró a periodistas en Brasilia que el primer mandatario había sido «mal interpretado».

«Lo que el presidente dijo es que donde las Fuerzas Armadas no están comprometidas con la democracia y la libertad, estos valores mueren. Es lo que pasa en Venezuela», afirmó Mourao, que desde que el gobierno asumió, el pasado 1 de enero, ha actuado como moderador de las posturas y comentarios más radicales del presidente.

Las declaraciones, que pese a todo desataron la polémica en Brasil, llegan un día después de un tuit polémico del presidente en el que cuestionó el significado del término ‘golden shower’, y de que compartiera video en el que dos personas lo practican durante el carnaval de San Pablo, como una forma de cuestionar el popular evento.

El mandatario estuvo acompañado en la ceremonia por los ministros de Defensa, Fernando Azevedo e Silva, del Gabinete de Seguridad Institucional, Augusto Heleno, además del alcalde Marcelo Crivella, además de por representantes militares de Estados Unidos, Perú y Chile que participaron del evento.

En su segundo día tras asumir la presidencia, también en un acto en la ciudad de Río de Janeiro, Bolsonaro pronunció un discurso en la misma línea. Entonces, afirmó que las Fuerzas Armadas eran un «obstáculo» para quienes buscaban usurpar el poder en el país.

Bolsonaro era capitán del Ejército y en su gabinete está acompañado por varios miembros de las Fuerzas Armadas. A pesar de la dictadura (1964-1985), los sondeos indican que los militares aún conservan en ese país una alta imagen positiva.

Infobae


Bolsonaro diz que democracia só existe quando as Forças Armadas permitem

O presidente Jair Bolsonaro protagonizou mais uma fala absurda, nesta quinta-feira, quando fez um rápido discurso na cerimônia no 211º aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais. Bolsonaro descreveu sua vitória nas eleições do ano passado como uma missão. «A missão será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil, daqueles que amam a pátria, daqueles que respeitam a família, daqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa, daqueles que amam a democracia. E isso, democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Força Armada assim o quer», afirmou, segundo relata o jornalista Ítalo Nogueira.

Bolsonaro também pediu que os militares participem da reforma da Previdência, mas com proteções. «Entraremos numa nova Previdência em que entrarão os militares, mas não esqueceremos as especificidades de cada Força», afirmou.

Embora diga representar valores familiares, Bolsonaro compartilhou ontem um vídeo escatológico, em que um homem urina sobre a cabeça de outro.

Sua fala de hoje confirma que o Brasil não é mais uma democracia e que Lula é um preso político, uma vez que os militares, tutores do Supremo Tribunal Federal, não permitiram que ele fosse candidato, quando todas as pesquisas indicavam sua vitória em primeiro turno.

Brasil 247


Mourão diz que Bolsonaro foi ‘mal interpretado’ em fala sobre Forças Armadas e democracia

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quinta-feira (7) que o presidente Jair Bolsonaro foi «mal interpretado» ao declarar que «democracia e liberdade só existem» quando as Forças Armadas desejam.

Bolsonaro deu a declaração na manhã desta quinta, no Rio de Janeiro, ao participar da cerimônia de aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais. Ao discursar, o presidente citou as Forças Armadas ao abordar a «missão» de governar o Brasil.

Questionado por repórteres sobre a declaração do presidente da República ao chegar à Vice-Presidência, Mourão citou a Venezuela como exemplo de local onde as Forças Armadas não se comprometeram com democracia e liberdade para justificar o argumento de que Bolsonaro teria sido mal interpretado pelos jornalistas na cerimônia dos fuzileiros navais.

«O que que o presidente quis dizer? Está sendo mal interpretado. O presidente falou que onde as Forças Armadas não estão comprometidas com democracia e liberdade, esses valores morrem. É o que acontece na Venezuela. Lá, infelizmente, as Forças Armadas venezuelanas rasgaram isso aí. Foi isso que ele [Bolsonaro] quis dizer» (Hamilton Mourão)

Indagado sobre se o tom da fala do presidente foi ameaçador, Mourão respondeu que discorda dessa análise. «Não acho isso [que foi ameaçador]. Acho que foi exatamente o que ele quis dizer. É o caso que a gente vive aqui no Brasil”, enfatizou.

O vice-presidente também foi questionado pela imprensa sobre se concorda com a avaliação de Bolsonaro. Ao responder, Mourão ressaltou que se as Forças Armadas não são comprometidas com democracia e liberdade, esses dois valores não sobrevivem.

«Se as Forças Armadas não são comprometidas com democracia e liberdade, elas não subsistem. Está aí o nosso vizinho, a Venezuela, para mostrar isso aí.»

‘Baluarte da democracia’

Um dos auxiliares mais próximos de Bolsonaro, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, também minimizou a declaração do presidente da República. Ele afirmou que não viu «nada demais» na fala do chefe do Executivo federal.

Segundo Heleno, «todo mundo sabe» que as Forças Armadas são o «baluarte da democracia e da liberdade».

«Não achei polêmica. Não vejo nada de mais na declaração. Ele [Bolsonaro] estava fazendo um discurso para comemoração dos 111 anos do Corpo de Fuzileiros Navais e ele falou o que todo mundo sabe: as Forças Armadas são o baluarte da democracia e da liberdade. Historicamente, em todos os países do mundo», opinou o ministro.

«Ele falou isso em tom absolutamente tranquilo, cordial, num contexto de amor à família, amor à pátria, manutenção dos valores da sociedade. E citou que as Forças Armadas são as responsáveis pela manutenção da democracia e da liberdade. Nada demais. Nada demais, nada que possa contrariar», complementou.

‘Mal interpretado’

A polêmica em torno da fala de Jair Bolsonaro sobre Forças Armadas e democracia é a segunda vez, em menos de uma semana, que o vice-presidente da República afirma que o presidente foi «mal interpretado» pela imprensa.

Na última sexta-feira (1º), Mourão atuou como «bombeiro» para tentar minimizar os efeitos da declaração de Bolsonaro de que existe a possibilidade de reduzir, na proposta de reforma da Previdência, a idade mínima para a aposentadoria de mulheres.

O presidente da República havia feito com comentário na véspera ao oferecer um café da manhã a jornalistas no Palácio do Planalto. Na ocasião, Bolsonaro admitiu que pode rever alguns pontos da proposta de mudança nas regras previdenciárias que foi entregue no mês passado ao Congresso Nacional. A declaração do presidente antecipando concessões na reforma antes mesmo de o texto começar a tramitar no Legislativo preocupou o mercado financeiro, gerando queda da Bovespa.

A proposta do governo enviada ao parlamento fixa a idade mínima de 62 anos para as mulheres poderem se aposentar, ao final do período de transição de 12 anos. Bolsonaro chegou a admitir reduzir a idade para algo em torno de 60 anos.

«Eu acho que aquilo foi mal interpretado até, não é? O presidente mostrou que tem coisas que o Congresso poderá mudar ou negociar. Foi isso, nesse aspecto. Não que ele concorde», disse Mourão na ocasião para tentar conter a repercussão negativa da fala do presidente.

Assessores do governo federal ouvidos nesta quinta pelo Blog do Valdo Cruz afirmaram que a avaliação interna da equipe presidencial é de que a atua gestão perde energia com temas que mais geram desgaste do que frutos para seu futuro.

Na visão desses assessores palacianos, o governo Bolsonaro é uma administração que produz crise demais num curto espaço de tempo e deveria focar no que realmente interessa, medidas na área econômica, caso não queira frustrar seu eleitorado e a população.

O Globo


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