Brasil: Bolsonaro y su canciller se reunieron con opositores al gobierno de Nicolás Maduro

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Canciller de Brasil se reúne con opositores venezolanos y el Grupo de Lima

El canciller de Brasil, Ernesto Araújo, se reunió este jueves en Brasilia con opositores venezolanos y representantes del Grupo de Lima y de Estados Unidos para buscar modos de «aumentar la presión» sobre el gobierno de Nicolás Maduro, informó una fuente de la oposición a la AFP.

«La oposición venezolana se está reuniendo con muchos países para aumentar la presión sobre el régimen de Nicolás Maduro. Brasil es un país con gran influencia en la región», dijo a la AFP David Smolansky, un exalcalde venezolano que ahora dirige un grupo técnico de la OEA sobre la crisis en Venezuela.

Entre otros, en la reunión participan Julio Borges, expresidente del Parlamento venezolano, exiliado en Colombia, y Antonio Ledezma, exalcalde de Caracas instalado en Madrid desde que huyó de su arresto domiciliario a finales de 2017, confirmó el dirigente opositor.

En el encuentro se discuten «alternativas para la crisis política y económica en Venezuela, que ha causado el desabastecimiento, la huida de migrantes y denuncias de violaciones a los derechos humanos», indicó de su lado la estatal Agencia Brasil.

La reunión realizada en el palacio de Itamaraty, sede de la cancillería, no fue anunciada por lo que no se han divulgado oficialmente detalles del encuentro y el acceso a la prensa no está previsto.

Según la web de noticias G1, durante la cita también se prevé «evaluar cuáles serían los siguientes pasos del Grupo de Lima», conformado por 14 países americanos (incluido Brasil) que desconocieron el nuevo mandato de Maduro, que se inició el 10 de enero.

El encuentro ocurre al día siguiente de que el presidente de Brasil, el ultraderechista Jair Bolsonaro, y su par de Argentina, Mauricio Macri, condenaran la «dictadura de Nicolás Maduro» en Venezuela tras su primer encuentro bilateral en el palacio presidencial de Planalto.

«Reafirmamos nuestra condena a la dictadura de Nicolás Maduro. No aceptamos esta burla a la democracia», afirmó Macri durante la declaración conjunta.

«La comunidad internacional ya se dio cuenta: Maduro es un dictador que busca perpetuarse en el poder con elecciones ficticias, encarcelando opositores y llevando a los venezolanos a una situación desesperante», añadió.

Bolsonaro se limitó a decir que la cooperación de Argentina y Brasil en relación a la situación en Venezuela es «el ejemplo más claro» de la «convergencia de posiciones» entre los dos países, sin mencionar directamente a Maduro.

El Grupo de Lima, la Unión Europea (UE) y Estados Unidos desconocieron la reelección de Maduro en los comicios del 20 de mayo, adelantados por la oficialista Asamblea Constituyente y boicoteados por la oposición, que los consideró un fraude.

El martes, el Parlamento venezolano, único poder controlado por la oposición, prometió amnistiar a los militares que desconozcan al «usurpador» Maduro.

El Heraldo


Bolsonaro recebe oposicionista venezuelano, informa Planalto

O presidente Jair Bolsonaro recebeu na tarde desta quinta-feira (17), no Palácio do Planalto, o venezuelano Miguel Ángel Martín, presidente do Tribunal Supremo de Justiça no exílio, informou a assessoria da Presidência.

Martín veio ao Brasil acompanhado de um grupo de opositores ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para pedir apoio ao Planalto para aumentar a pressão internacional contra o regime bolivariano.

Na semana passada, Maduro foi empossado para um novo mandato de seis anos à frente da Venezuela. No entanto, parte da comunidade internacional não reconhece a reeleição do líder venezuelano.

Martín chegou ao Planalto acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Mais cedo, o chanceler brasileiro havia se reunido no Palácio do Itamaraty com opositores do governo Maduro e representantes do Grupo de Lima e dos Estados Unidos.

O Grupo de Lima foi criado em 2017 por iniciativa do governo peruano com o objetivo de pressionar pelo restabelecimento da democracia na Venezuela. Além de Brasil e Peru, integram o grupo outros 11 países.

Também participou da audiência com Bolsonaro o representante da Organização dos Estados Americanos (OEA), Gustavo Cinosi.

Tribunal Supremo de Justiça

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) no exílio é formado por juízes nomeados para a Suprema Corte venezuelana, mas que não foram reconhecidos pelo governo de Nicolás Maduro. A nomeação foi feita em julho de 2017 pela Assembleia Nacional da Venezuela, que é controlada pela oposição.

Alegando perseguição política, os magistrados se exilaram em diversos países, como Colômbia, Panamá, Chile e Estados Unidos.

O TSJ é reconhecido pelo Parlamento Europeu e pela Organização de Estados Americanos.

Em agosto de 2018, o Tribunal no exílio condenou Maduro por ter recebido dinheiro da construtora Odebrecht em troca de verbas para campanha, mas a decisão foi simbólica, porque o presidente venezuelano não acata as sentenças. O julgamento foi realizado em Bogotá.

Reeleição de Maduro

O presidente venezuelano foi eleito em maio de 2018 com quase 70% dos votos, porém, parte da oposição não participou do pleito por considerar que não havia condições para uma disputa justa. Observadores internacionais também foram impedidos de acompanhar o processo.

O governo brasileiro afirmou em nota, na semana passada, que considera «ilegítimo» o novo mandato de Maduro e que a Assembleia Nacional é o órgão que detém o poder no país.

O encontro de Bolsonaro com o magistrado venezuelano ocorreu no dia seguinte à visita ao Brasil do presidente da Argentina, Maurício Macri. Bolsonaro teve uma reunião com Macri e, ao final, os dois fizeram uma declaração à imprensa.

Na oportunidade, Macri afirmou que Maduro é um «ditador» e que os governos brasileiro e argentino não aceitam o que ele classificou de «escárnio com a democracia» com eleições supostamente fictícias.

A Venezuela vive uma crise social, econômica e política, que nos últimos anos fez com que milhares de cidadãos deixassem o país. Parte dos venezuelanos entraram no Brasil por meio da fronteira em Roraima.

G1


Ernesto Araújo discute crise na Venezuela com opositores de Maduro

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, reúne-se na manhã de hoje (17) com líderes de oposição e intelectuais críticos ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, além de integrantes de países do Grupo de Lima e dos Estados Unidos. O encontro será seguido de almoço no próprio Itamaraty.

A reunião ocorre no dia seguinte ao encontro do presidente Jair Bolsonaro com o da Argentina, Mauricio Macri.

Em discussão, alternativas para a crise política e econômica na Venezuela, o que tem causado desabastecimento, fuga de imigrantes e denúncias de violações aos direitos humanos. Para líderes internacionais, o governo de Maduro não tem legitimidade, pois há dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral.

Em declaração à imprensa após reunião ontem (16) com Bolsonaro, no Palácio do Planalto, Macri disse que os governos brasileiro e argentino compartilham preocupação com a situação dos venezuelanos. Segundo eles, ambos os presidentes reafirmaram posição de condenar o que classificam de “ditadura de Nicolás Maduro”.

“A comunidade internacional já se deu conta: Maduro é um ditador que busca se perpetuar no poder com eleições fictícias, encarcerando opositores e levando os venezuelanos a uma situação desesperadora”, afirmou Macri. “Reiteramos que reconhecemos a Assembleia Nacional como a única instituição legítima na Venezuela, eleita democraticamente pelo povo venezuelano”, completou.
Parlamento

Há dois dias, Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela aprovou um acordo, classificado de histórico pelos parlamentares, em que é declarada “formalmente a usurpação da Presidência da República» por Nicolás Maduro. A moção estabelece ainda a anulação de “todos os supostos atos emanados do Poder Executivo».

A decisão foi tomada após a prisão e libertação do presidente do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, um dos principais opositores de Maduro.
Grupo de Lima

No começo do mês, integrantes do Grupo de Lima, com exceção do México, aprovaram uma declaração em defesa de o Parlamento da Venezuela assumir o poder, promovendo eleições imeidatas e afastando Maduro do governo.

Agencia Brasil EBC


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