Malas noticias para Temer: detienen a un exministro suyo y avanza la denuncia por corrupción en Diputados

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Se desangra el núcleo aliado de Temer: cayó otro exministro acusado de corrupción en Brasil

El exministro Geddel Vieira Lima, uno de los integrantes del círculo político más cercano al presidente Michel Temer, fue detenido este lunes acusado de haber cometido fraudes en el estatal banco Caixa Económica Federal a favor de empresas privadas y a cambio de sobornos, informaron las autoridades.

Geddel fue ministro de la Secretaría de Gobierno de Temer y debió renunciar el año pasado luego de haber sido acusado de presionar al Ministerio de Cultura para que cambie la legislación sobre patrimonio histórico y le permita construir un edificio en un área preservada en el estado de Bahía.

La detención es un duro golpe para el grupo de Temer dentro del Partido del Movimiento Democrático Brasileño (PMDB), que incluye al jefe de gabinete (Casa Civil), Eliseu Padilha.

La detención de Vieira ocurrió en Salvador, Bahia, por parte de la Operación Cui Bono lanzada por la Policía Federal a pedido del juez Vallisney De Souza, de Brasilia.

La captura se basó en la delación de Joesley Batista, del frigorífico JBS, quien dijo que le pagaba sobornos a Geddel Vieira Lima a cambio de resolverle cuestiones económicas en diferentes niveles del Estado.

Vieira Lima fue detenido acusado de participar de fraudes a favor de JBS durante su cargo de vicepresidente de Empresas en el banco público Caixa Económica Federal entre 2011 y 2014, durante el gobierno de Dilma Rousseff.

El pedido de captura está basado en la declaración del detenido Lucio Funaro, el llamado ‘banquero’ del PMDB que trabajaba en forma directa con Eduardo Cunha, expresidente de la Cámara de Diputados detenido en la sureña ciudad de Curitiba en la Operación Lava Jato.

La captura se produce luego de que otro aliado cercano de Temer, Rodrigo Rocha Loures, conocido como ‘el hombre de la valija’, fuera liberado por la corte suprema luego de haber sido filmado recibiendo una maleta con dinero.

El caso de JBS y los sobornos llevaron al fiscal general, Rodrigo Janot, a denunciar penalmente a Temer por corrupción.

La denuncia deber ser rechazada o aceptada en una votación de la Cámara de Diputados, donde el presidente puede ser suspendido por 180 días en el cargo.

Nueve ministros del gobierno de Temer están siendo investigados en base a las delaciones de ejecutivos corruptores confesos de las empresas JBS y Odebrecht.

Ámbito


Prisão de Geddel afasta otimismo e assusta cúpula do governo Temer

Após um final de semana de inédita tranquilidade, 45 dias depois da delação da JBS, o Planalto voltou a viver momentos de tensão extrema nesta segunda-feira (3) com a prisão de Geddel Vieira Lima. O ex-ministro e amigo do presidente Michel Temer foi detido em Salvador (BA), suspeito de obstrução à Justiça. Teve prisão preventiva decretada pelo juiz Vallisney Oliveira, titular da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal.

Geddel é um dos expoentes do seleto grupo do PMDB que desde os anos 1990 desfruta de absoluta confiança de Temer. Além dele, a primazia é (ou era) concedida a Henrique Eduardo Alves, Moreira Franco e Eliseu Padilha. Alves foi preso em decorrência da Operação Cui Bono, da qual Geddel também é alvo. Moreira (Secretaria-Geral da Presidência) e Padilha (Casa Civil) são ministros e despacham no Planalto.

A prisão de Geddel foi reflexo de informações prestadas ao Ministério Público Federal (MPF) por Lúcio Funaro. Preso desde julho de 2016, ele era operador financeiro do deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e vinha sendo assediado por Geddel para evitar que fechasse acordo de delação premiada. Em negociação para aderir à colaboração, Funaro entregou à Polícia Federal (PF) registros de chamadas telefônicas do ex-ministro para sua mulher, Raquel, por meio do aplicativo WhatsApp.

Contato logo após delação da JBS

Há pelo menos 12 «prints» das ligações de «Carainho» — como Geddel era identificado na agenda de Raquel — em oito dias diferentes. Todas as ligações ocorreram após a divulgação do conteúdo da delação da JBS — o primeiro telefonema ocorreu às 22h59min de 17 de maio, poucas horas após a eclosão do escândalo. Funaro também disse ter repassado a Geddel R$ 20 milhões em dinheiro vivo, a título de propina pela liberação de empréstimos da Caixa Econômica Federal a frigoríficos.

No pedido de prisão preventiva, o MPF também cita revelações sobre Geddel feitas por dois delatores da JBS, o empresário Joesley Batista e o diretor jurídico do grupo, Francisco de Assis e Silva. De acordo com os executivos, Geddel era o principal interlocutor do governo com a empresa. Resolvia pendências e cobrava pagamentos periódicos da JBS para Lúcio e Cunha permanecerem em silêncio na cadeia. Foi para Geddel que Cunha pediu ajuda ao receber a PF na porta de casa, em outubro do ano passado.

— Geddel, vou ser preso! Vocês precisam fazer alguma coisa — disse Cunha, ao telefone.

Nas últimas semanas, o ex-ministro pressentia que poderia ser detido a qualquer momento. Em 12 de junho, entregou petição ao relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, na qual colocava à disposição seu passaporte e sigilo bancário. No documento, seu advogado citou notícia veiculada na imprensa segundo o qual seria «o próximo alvo do Ministério Público». Além de sustentar que não havia motivos para medidas mais graves contra si, Geddel se comprometia a não movimentar mais do que R$ 30 mil em suas operações bancárias.

Líder do governo no Senado evita comentar

No despacho assinado nesta segunda, o juiz Vallisney Oliveira diz que «a prisão de Geddel Lima é medida que se impõe, por haverem provas, até o momento, de sua participação no supramencionado esquema ilícito, havendo o perigo de que se permanecer solto possa atrapalhar as investigações na Operação Cui Bono».Transferido no início da noite para Brasília, está sob custódia na Superintendência da PF, onde até sábado estava preso o ex-assessor da Presidência Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), indicado por Temer para suceder o ex-ministro como interlocutor do governo junto a JBS.

— Geddel Vieira Lima era uma pessoa que fazia a interface entre Joesley e o Palácio. Segundo Joesley, falar com Geddel era o mesmo que falar com Michel Temer — disse Assis e Silva aos procuradores da Lava-Jato.

A prisão do ex-ministro desfez ambiente de otimismo no Planalto. Desde que a delação da JBS veio à tona, em 17 de maio, o governo não se sentia tão seguro em meio à crise política. As decisões do STF que devolveram na sexta-feira o mandato de Aécio Neves (PSDB-MG) e tiraram Rocha Loures da cadeia haviam dado a Temer confiança para convencer a base governista a barrar na Câmara a denúncia por corrupção passiva. Ele passou o final de semana se reunindo com auxiliares para traçar a estratégia de defesa e os argumentos que os parlamentares deveriam usar para arquivar a acusação. Tão logo a notícia da detenção de Geddel chegou ao Planalto, interlocutores de Temer evitaram traçar prognósticos.

— Acho que a prisão deve ser o último recurso, mas não conheço o processo, então prefiro não comentar. Isso (denúncias) não pode ser encarado como a única pauta. É preciso tocar o país — desconversou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Zero Hora


Na Câmara, começa a batalha de Temer para sobreviver

O presidente Michel Temer inicia nesta segunda-feira 3 a batalha que pode ser decisiva para sua permanência no Palácio do Planalto. Denunciado por corrupção pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Temer precisa que 172 deputados se disponham a votar pela derrubada da denúncia contra ele ou se ausentem da votação no plenário que discutirá o tema. Se Temer tiver sucesso, a ação ficará engavetada até ele deixar o poder. Se 342 deputados derem o sinal verde para a tramitação da denúncia, o caso vai para o plenário do STF, que afastará Temer por 180 dias de também acatar a denúncia.

A primeira batalha de Temer é a escolha do relator da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), presidente da comissão, disse que vai anunciar o nome do escolhido nesta terça-feira 4.

Como o processo é inédito na Câmara, Pacheco disse querer tomar cuidado para não adiantar etapas. “É um momento delicado, grave, que exige responsabilidade, isenção e independência, e esta deve ser a postura da comissão diante desse assunto”, disse.

Pacheco é do PMDB, o mesmo partido de Temer, mas tem atuação independente. Por isso, está sendo pressionado pelos governistas para escolher um nome simpático a Temer. A intenção da base de Temer é emplacar como relator um deputado que tenha recebido dinheiro de Temer nas eleições de 2014. Os dois favoritos são Alceu Moreira (PMDB-RS) e Jones Martins (PMDB-RS). Cada um recebeu 100 mil reais em 2014.

Para além da CCJ, o governo trabalha para conseguir os votos de 172 deputados para salvar Temer. Ainda que a base governista seja grande, não será uma missão fácil ou barata. A votação da aceitação ou não da denúncia será semelhante à do impeachment de Dilma Rousseff: nominal, com cada deputado indo ao microfone para declarar seu voto.

Com a exposição pública e a proximidade das eleições de 2018, muitos parlamentares temem atrelar seu nome ao de um presidente altamente impopular. Assim, a barganha deve ser intensa, aumentando a necessidade de o governo liberar cargos e verbas para conseguir os votos.

Levantamento publicado pelo jornal Folha de S.Paulo no fim de semana mostrou que apenas 45 deputados dizem abertamente que vão votar pela salvação de Temer. A maior parte ainda se diz indecisa.

Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo também do fim de semana vai no mesmo sentido. Nenhum partido fechou posição a favor de Temer e devem iniciar nesta semana os debates internos a respeito do tema. É particularmente preocupante para o Palácio do Planalto a situação do PSDB, maior partido aliado ao governo e que conta com quatro ministros. Muitos deputados do partido defenderam o desembarque da sigla após as delações da JBS e podem votar contra Temer.

A partir da próxima sessão do Plenário, marcada para terça-feira 4, começa a contar o prazo de até dez sessões para Temer apresentar sua defesa. A argumentação será na linha de que o presidente foi alvo de uma armação de Joesley Batista. Encerrado esse período, a CCJ terá então até cinco sessões do plenário para concluir a análise do processo.

Carta Capital

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