Condenan a 12 años por corrupción a Antonio Palocci, ex ministro de Lula y Dilma

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Antonio Palocci, ex Jefe de Gabinete de Brasil y hombre fuerte del Partido de los Trabajadores, fue condenado este lunes a 12 años, dos meses y 20 días de cárcel por corrupción pasiva y lavado de dinero en el marco del esquema de sobornos Lava Jato.

El juez Sérgio Moro, quien lidera las investigaciones del escándalo de corrupción, emitió una sentencia de más de 300 páginas, a nueve meses de la detención de Palocci, realizada en septiembre del año pasado. El ex ministro fue hallado culpable de haber acordado «sobornos entre el grupo Odebrecht y agentes del Partido de los Trabajadores», y participó del pago ilegal y posterior lavado de más de USD 10 millones para financiar campañas políticas.

Según la reciente delación de los ejecutivos de la empresa de JBS, Palocci recibió 30 millones de reales (USD 9,3 millones) con el pretexto de ayudar en la campaña de Dilma Rousseff en 2010.

Según había hallado la investigación previa a su detención, Palocci también habría pedido al cambista Alberto Yousseff, supuesto mediador de Petrobras, que solicite a los empresarios un pago de 2 millones de reales (USD 620 mil) para financiar la campaña.

El testimonio del ex ministro, bajo el esquema de delación premiada, es una de las que más expectativa ha generado en el ámbito político y los mercados económicos, al haber sido un personaje muy cercano a Lula y Dilma.

En mayo, trascendió que Palocci aceptó un acuerdo para revelar lo que sabía del caso. Para poder recibir los beneficios, debe acusar a figuras de mayor cargo jerárquico. El ex funcionario estaba cada vez más presionado por las delaciones de los ejecutivos de Petrobras y la constructora Odebrecht que lo podían incriminar, bajo riesgo de una pena que podía bordear los 30 años de prisión.

Infobae


Palocci é condenado a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, condenou, na manhã desta segunda-feira (26), o ex-ministro Antonio Palocci a 12 anos e 2 meses de prisão.

Essa é a primeira condenação de Palocci na Lava Jato. Ele foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Atualmente, ele está detido no Paraná.
Além dele, seu ex-assessor, Branislav Kontic, e outras 12 pessoas eram réus nesta ação penal. Todos foram condenados.

Delações citam o ex-ministro

Em seu depoimento de delação premiada ao juiz Sérgio Moro , o empreiteiro Marcelo Odebrecht afirmou que políticos ligados ao PT tinham à disposição da empresa uma espécie de conta de crédito na qual solicitavam recursos para bancar campanhas eleitorais.

Ele cita o repasse de R$ 35 milhões e, depois, de R$ 40 milhões – acrescentando que era comum o pagamento a políticos em caixa dois na empreiteira.

Odebrecht afirmou que tratava dos repasses com o ex-ministro e que determinadas quantias chegaram ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Já Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, contou em depoimento ao juiz Moro que Lula teria encarregado o ex-ministro em 2012 para tratar da propina em contratos com estaleiros que iriam construir sondas para a exploração do pré-sal pela estatal.

O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto teria consultado o ex-ministro e depois comunicado o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco de que, nesse caso específico, a propina seria repartida na proporção de «um terço para a casa [agentes da estatal] e dois terços para o partido».

Duque afirma que parte dessa propina foi direcionada a Lula. «Os ‘dois terços’, o Vaccari me informou, iriam para o Partido dos Trabalhadores, para José Dirceu e para Lula, sendo que a parte do Lula seria gerenciada por Palocci».

O ex-ministro foi citado também pelo publicitário João Santana, responsável pela campanha à reeleição do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006. O marqueteiro disse ter ficado claro, em reuniões com o ex-ministro, que o petista tinha conhecimento sobre o uso de recursos de caixa dois na campanha.

De acordo com o texto do anexo 2 da delação de Santana, em que é resumido o teor do depoimento, o ex-ministro foi o responsável por negociar os termos do contrato da Pólis , empresa de marketing do empresário com a esposa, Mônica Moura.

“Nestes encontros ficou claro que Lula sabia de todos os detalhes, de todos os pagamentos por fora recebidos pela Pólis, porque Antonio Palocci, então ministro da fazenda, sempre alegava que as decisões definitivas dependiam da ‘palavra final do chefe’”, diz o texto.

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